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CPI de Mauá ouve nesta sexta coordenador da Unifesp
Por Fabrício Calado Moreira
Do Diário do Grande ABC
02/06/2006 | 07:49
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A CPI da Saúde de Mauá, que investiga o contrato da Prefeitura com o IBDPH (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Pessoa Humana) terá nesta sexta-feira seu primeiro depoimento, às 9h na Câmara. É esperado Mário Silva Monteiro, coordenador geral do Programa de Atenção Básica e Saúde da Família da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que prestava serviços médicos à população. Ele deverá ser ouvido pelos três integrantes da comissão – Edgar Grecco (PSDB), Rogério Moreira Santana (PT) e o presidente da CPI, Silvar Silva Silveira (PMDB) –, que buscam detalhes para a apuração.

Originalmente prevista para a semana passada, a visita de Monteiro foi remarcada a pedido dele, que alegou problemas de agenda. Para Silvar, o depoimento norteará os rumos da investigação. “Muitas coisas serão esclarecidas, estamos na expectativa”, afirma o parlamentar.

A comissão foi instaurada há dois meses na Câmara para investigar o convênio entre Prefeitura e IBDPH firmado em abril. O valor mensal dos pagamentos, R$ 2,7 milhões, foi questionado pela oposição no Legislativo por representar R$ 1 milhão a mais do que o governo pagava à Unifesp e ao Instituto Acqua, cujos serviços foram dispensados com a chegada do IBDPH.

Oficialmente, a CPI só ouviu até agora o secretário municipal de Saúde, Artur Alves Tizo. Ele enviou por escrito respostas à comissão e, na avaliação de Rogério e Silvar, pouco acrescentou aos trabalhos. “As respostas dele sobre pagamentos ao IBDPH foram bem vagas”, diz o petista. “Ele passa a ser advogado dele mesmo”, analisa Silvar. Não foi definida a data do depoimento dos representantes do Acqua.

CPI dividida – O objetivo da investigação é também constatar se houve irregularidades no rompimento dos contratos da Prefeitura com a Unifesp e o Acqua. Porém, para Grecco, que é da base de sustentação do prefeito Leonel Damo (PV), não é esse o foco principal. “O caráter (da CPI) é mais administrativo, não há indícios de irregularidades”, descarta o tucano.

Embora seja oposição ao governo, Rogério mostra-se cauteloso com relação aaos trabalhos da CPI. “A rigor, comissões especiais não devem encontrar crimes de uma forma geral. Se não encontrarmos corrupção, vamos ficar contentes”, declara. Ele acrescenta ainda que, em si mesma, a CPI tem um lado positivo, que é pressionar por melhoria nas políticas de saúde do município.



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