Bandeirinhas coloridas enfeitam casas, ruas e praças. Triângulos, zabumbas, sanfonas, pífanos e rabecas põem as alpercatas de couro para arrastar e levantar poeira do chão. À mesa, pé-de-moleque e um sem-fim de iguarias preparadas com milho, a base da gastronomia junina. Para espantar o frio da serra agreste de Caruaru, quentão e caldinhos diversos e bem apimentados, além das emblemáticas fogueiras de São João.
A farra junina caruaruense termina só no dia 3 do próximo mês. Portanto, ainda dá tempo de embarcar para a mais importante festa nordestina, quando não só a capital do forró, mas todo o Pernambuco, tornam-se um imenso e popular arraiá. Entre as principais atrações no Pátio do Forró, destaque para as apresentações de Hebert Lucena (dia 19 deste mês e 2 de julho) e Dominguinhos (dia 20).
O Alto do Moura também é recanto de forrozeiros. Depois da visita – obrigatória! – à Casa do Mestre Vitalino (pequeno museu instalado na residência do artista), a dica é rumar para um dos muitos restaurantes guarnecidos de músicos e se entregar ao bate-coxa. Entre um arrasta-pé e outro, a pedida é fartar-se com os pratos preparados com bode. A carne de sol do caprino é divina e facilmente encontrada. Regada com manteiga de garrafa e acompanhada de fina farinha, torna-se irresistível, e a dieta vai às favas. Sem problemas: o forró se encarrega de atenuar as calorias.
A maior feira livre de todo o Nordeste funciona no Parque 18 de maio. A Feira de Artesanato de Caruaru exibe, em suas centenas de barraquinhas, onde o cheiro de couro domina o olfato, toda a sorte de produtos: peças em palha, rendas, barro, xilogravuras, redes, esculturas e mais uma série de lembrancinhas.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.