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Encontrados homens que trocaram tiros com guarda
Rogério Gatti
Do Diário do Grande ABC
01/06/2007 | 07:12
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A Polícia de São Bernardo identificou os dois homens que se envolveram na troca de tiros com o Guarda Civil de São Paulo na fevela do DER, no sábado passado. Do confronto, saiu a bala que vitimou a auxiliar de recursos humanos Flávia Silveira, 25 anos, que estava grávida havia quatro meses e meio e morreu quinta-feira.

Segundo o delegado seccional de São Bernardo, Marco Antônio de Paula, os dois já foram ouvidos e liberados na madrugada de quinta-feira. O nome deles não foi divulgado. “Ainda está faltando amarrar alguns pontos do que realmente aconteceu, os depoimentos foram muito confusos”, disse.

Na versão dos homens, eles bebiam num bar próximo ao local onde Flávia foi atingida quando viram o guarda chegar na favela e descer da moto. Os dois disseram pensar que se tratava de um assaltante e decidiram abordá-lo. As contradições começam quando foram perguntados sobre os tiros. O primeiro diz que o amigo foi o autor dos disparos. O amigo, por sua vez, nega que tenha atirado. O delegado informou que as investigações vão continuar e que será feita uma reconstituição do crime.

O guarda, que prestou depoimento na noite de quarta-feira, afirmou que estava no local para se encontrar com a garota. Ela teria atrasado e ele descido da moto para ir até o telefone público. Teria, então, sido atacado por dois homens, um deles armado. Ele disse ter reagido e houve troca de tiros. O policial alega que estava de costas para Flávia, por isso, não poderia ter sido ele o autor do tiro que a matou.

Enterro - Flávia Silveira estava internada até quarta-feira no Hospital Mário Covas, em Santo André.Os médicos já tinham divulgado sua morte cerebral e ela era mantida viva por aparelhos a pedido da família. Na quarta-feira, às 19h10, seu coração parou de bater. No enterro realizado na tarde de quinta-feira, no cemitério da Vila Euclides, em São Bernardo, mais de 80 pessoas acompanharam o cortejo. A família não aceitou doar nenhum órgão e preferiu ficar em silêncio.




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