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Clinton defende liberdade de comércio em Davos
Do Diário do Grande ABC
29/01/2000 | 15:03
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O presidente americano, Bill Clinton, disse neste sábado, no Fórum Econômico Mundial, que a liberdade de comércio é o melhor sistema para garantir que os países em desenvolvimento recebam sua parte das riquezas mundiais. Em seu discurso, Clinton instou à sua platéia, formada por dirigentes e empresários, uma melhoria da situaçao dos pobres do mundo e a responder às críticas de que o comércio internacional somente beneficia os ricos. 'Nao deixem de lado os países pequenos``, pediu Clinton. 'Nao podemos construir nosso próprio futuro sem ajudar outros a construírem os seus``.

O presidente reiterou seu respaldo à Organizaçao Mundial de Comércio como fórmula para solucionar disputas, mas acrescentou que nao está de acordo 'com aqueles que vêem com desprezo as novas forças que desejam ser ouvidas no diálogo global``, entre elas sindicatos e ambientalistas.

Clinton conclamou o Fórum a 'reafirmar sem ambigüidades`` seu compromisso com os mercados abertos, tendo em mente que cada país dependerá dos demais para manter sua própria economia. Mas também exortou os países em desenvolvimento a nao depender somente dos acordos comerciais para construir suas economias e a assumirem a responsabilidade de estabelecer governos abertos, que mantenham suas contas claras. 'Há limites para o que os países ricos podem fazer por aqueles que nao tomam as medidas necessárias``, alertou.

Clinton é o primeiro presidente americano a participar do Fórum Econômico Mundial, que começou há 30 anos como uma reuniao informal das cúpulas econômicas.

O dirigente dos EUA disse que os políticos mundiais, inclusive ele próprio, nao perceberam suficientemente os benefícios de importar bens de outros países. 'Nao apenas fazemos um favor aos países dos quais importamos bens e serviços, mas também nos beneficiamos desses produtos``, destacou.

Clinton ainda chamou a atençao para o problema do déficit comercial nos países de economia forte e para a queda do desemprego.

Clinton também fez um apelo a favor de uma integraçao crescente da economia mundial, pedindo que os adversários da globalizaçao nao sejam marginalizados.

Pronunciando um vibrante discurso a favor da Organizaçao Mundial do Comércio (OMC), ele disse que pretende ``seguir trabalhando a favor de um consenso para um novo ciclo' de negociaçoes entre os 135 membros da organizaçao.

``A última coisa que queremos é uma economia mundial menos integrada', frisou, afirmando que os que nao querem a OMC ``estao absolutamente equivocados'. Nao há ``um substituto' desta organizaçao. Ela deve ser ``reforçada'.

``Devemos encontrar uma forma para que os que nao estejam de acordo tenham como manifestar isso. Tenham a oportunidade de voz e de se tornarem associados construtivos', declarou aos dirigentes políticos e econômicos reunidos para o encontro anual do Foro Econômico Mundial.

O mandatário, que chegou a Davos sábado pela manha, deverá partir esta tarde.




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