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Para ser mais conhecido, Alckmin percorrerá país
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21/01/2006 | 08:07
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Em jantar com parlamentares gaúchos e integrantes do grupo RBS (Rede Brasil Sul) de Comunicação, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que pretende percorrer todo o País para falar de sua pré-candidatura presidencial. Ele admitiu que ainda precisa ser mais conhecido nacionalmente. A idéia de Alckmin é intensificar essa agenda e apresentar a correligionários, dirigentes partidários, empresários e formadores de opinião, entre outros, dados estatísticos sobre o seu período como governador de São Paulo e como vice-governador durante a gestão de Mário Covas.

Nesta sexta, o governador tentou amenizar os resultados da primeira pesquisa Ibope feita após o início de sua ofensiva pré-eleitoral. Para ele, a sondagem é só "um retrato do momento", que mostra que "não há voto definido" entre os eleitores. O levantamento, realizado na semana passada, indicou uma queda no desempenho das candidaturas tucanas e uma recuperação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A pesquisa, como a gente já sabe, é retrato deste momento. Ela mostra o que eu venho dizendo: que a campanha só vai começar com o horário de televisão e de rádio", afirmou o governador, que participou nesta sexta de um evento com prefeitos de estâncias turísticas de São Paulo, na cidade de Itu.

Em plena pré-campanha eleitoral para tentar reduzir sua desvantagem em relação a José Serra nas pesquisas e viabilizar seu nome como candidato do PSDB, Alckmin se esforça para não deixar transparecer que esperava um melhor desempenho. Em todas as suas falas ele tentou desqualificar o peso do levantamento. "A pesquisa mostra o mobilismo. Não há voto definido. Porque pesquisa, há dez meses da eleição, só tem valor estatístico", argumentou Alckmin.

Para ele, quando as campanhas e as propostas dos candidatos começarem a ser apresentadas, o cenário deve mudar. "Hoje você tem um monólogo. Só o presidente fala. Fala até em cadeia de rádio e televisão", alfinetou, em referência ao pronunciamento em que Lula destacou o pagamento da dívida com o Fundo Monetário Internacional. A fala do presidente foi contestada pela oposição no Tribunal Superior Eleitoral, com o argumento de que teria se caracterizado por propaganda eleitoral irregular.

Questionado sobre o papel do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no processo de escolha interna do partido, Alckmin voltou a afirmar que os tucanos devem caminhar para o entendimento. "O presidente Fernando Henrique é a grande referência do PSDB. Ele vai ajudar nesse bom entendimento e eu vou trabalhar para ser o candidato do entendimento", afirmou. Nesta semana, o governador visitou dois cardeais tucanos: o presidente nacional da legenda, Tasso Jereissati, e o governador de Minas, Aécio Neves.

Bate-boca – O governador reagiu às críticas feitas pelo líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), dizendo-se decepcionado. O senador atacou o veto de Alckmin a uma lei que proibia máquinas caça-níqueis em bares. "O senador lembrou os velhos tempos do PT da irresponsabilidade e da bravata", criticou. "O projeto é inconstitucional. A competência não é do Estado, é federal."

Mercadante rebateu nesta sexta mesmo, lembrando que, quando o governo Lula proibiu os bingos no País, a oposição argumentou que o tema era de competência estadual. "Eu é que estou decepcionado. Se há um debate de constitucionalidade, que ele (Alckmin) deixe que o Supremo julgue", disse Mercadante.




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