O faturamento da indústria brasileira expandiu 5,1% em 2011, metade do registro do ano anterior. A CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou o balanço ontem. Na região, em geral os resultados da empresa do setor também foram positivos, observou o primeiro vice-diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São Caetano, Willian Pessinato. Mas a utilização da capacidade instalada reduziu mais do que o patamar nacional, que fechou 2011 em 81,3%, queda de 0,1 ponto percentual em relação a 2010.

 "O que percebemos de utilização da capacidade instalada é que algumas empresas têm comprado componentes importados ao invés de fabricá-los. Desta maneira eles utilizam bem menos a capacidade, bem menos máquinas", disse o diretor do Ciesp de Diadema, Donizete Duarte da Silva.

Os diretores concordam que boa parte da indústria da região faz parte da cadeia metalmecânica e fornece para o setor automobilístico, que por sua força dá maior sustentação a toda a cadeia. No entanto, Silva diz que em Diadema, as médias, pequenas e micro indústrias não tiveram muitos motivos para comemorar. "Os dados que a gente tem na cidade não indicam aumento no faturamento. Mas ainda não temos os números das grandes indústrias (do setor metalúrgico e químico). Mas o segmento da borracha, por exemplo, diminuiu muito, e são empresas médias."

Para Pessinato, o desempenho industrial está acima das expectativas do que os empresários da região tinham durante todo o ano passado. "De modo geral não foi ruim. Mas em função do cenário mundial (crise econômica que afeta, principalmente, Europa e Estados Unidos), você não sabia se o mês que vem seria bom ou ruim", lembrou. SETORES

Entre os 19 setores da indústria nacional, apenas quatro tiveram queda no faturamento, apontou a CNI. São eles de alimentos e bebidas (-0,4%), refino de álcool (-0,9%), madeira (-1,9%) e têxteis (-9,2%).