Política Titulo Diadema
Vicentinho e Zé Antônio ensaiam elo

Registrados na prévia do PT para escolha do candidato à Prefeitura de Diadema iniciam discussão para unir forças e rivalizar somente com Maninho

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
02/01/2016 | 07:00
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Montagem/DGABC


Primeiros sinais de diálogo por composição para as prévias são vistos no PT de Diadema. Grupo do vereador José Antônio da Silva começou conversa com ala que defende a candidatura a prefeito do deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, para costura de chapa composta para enfrentar internamente o também vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho. Há possibilidade de Zé Antônio se retirar da disputa para apoiar Vicentinho no duelo com Maninho.

Nos bastidores, a costura eleitoral de 2016 se estende ao projeto político de 2018. Vicentinho já anunciou aos seus apoiadores que não pretende renovar mandato de deputado federal e que disputar a Prefeitura de Diadema pode ser uma das últimas aparições dele nas urnas.

Assim, o diálogo entre Vicentinho e Zé Antônio passa pelo vereador diademense captar o espólio eleitoral do parlamentar federal. Vicentinho está em quarto mandato na Câmara Federal, já foi líder do PT no Legislativo. Zé Antônio foi candidato a deputado estadual por duas vezes e não obteve sucesso.

O acordo em princípio de discussão seria Zé Antônio aderir ao grupo de Vicentinho de olho em 2018. O vereador está no bloco petista liderado pelo ex-prefeito José de Filippi Júnior e que também tem o presidente do PT, o ex-prefeito Mário Reali.

O Diário apurou que a possibilidade de união de forças entre Zé Antônio e Vicentinho foi colocada à mesa depois que Maninho realizou plenária no diretório apresentando apoio dos vereadores Orlando Vitoriano, Josa Queiroz, Lilian Cabrera e Ronaldo Lacerda, além dos ex-secretários Osvaldo Misso, Fatinha Queiroz, Airton Germano e José Jacinto de Oliveira.

A adesão de Zé Antônio daria força interna a Vicentinho, que há duas décadas estava fora do diretório diademense – por 20 anos esteve filiado no PT de São Bernardo, onde foi candidato a prefeito em 2000 e 2004 (duas derrotas, para Mauricio Soares e William Dib, respectivamente).

Outro ângulo do debate interno tem referência em Filippi. O ex-prefeito lidera todas as pesquisas de intenções de voto em Diadema, porém, anunciou que não quer ser candidato pela quarta vez ao Paço diademense. Mas há quem diga no diretório local que Filippi pode reconsiderar sua posição até às vésperas da convenção partidária se nenhum dos nomes hoje colocados alavancar na corrida eleitoral para impedir a reeleição do prefeito Lauro Michels (PV).

A visão de algumas correntes petistas é a de que Maninho relutaria mais em ceder seu espaço a Filippi se ele vencesse as prévias para representar a legenda na eleição majoritária. Se abrisse espaço, Maninho iria exigir contrapartida – como ser indicado a vice, por exemplo –, temem alguns dirigentes partidários.

Com Vicentinho ou Zé Antônio, o processo de desconstrução de candidatura seria mais simples. Vicentinho já declarou publicamente que sairia da disputa se Filippi quisesse concorrer ao Executivo. Zé Antônio, por ser do grupo do ex-prefeito, também estenderia o tapete vermelho. 




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