Política Titulo Piscinão
Marinho admite R$ 20 mi travados
Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
22/01/2015 | 07:01
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Chefe do Executivo de São Bernardo, Luiz Marinho (PT) alegou que a lentidão na execução das obras do piscinão do Paço, que ocorrem no estacionamento do prédio da Prefeitura, no Centro, são por conta de atraso “no fluxo de pagamento” por parte do governo federal, destacando, inclusive, existência de “pendências no valor de R$ 20 milhões”, que já deveriam ser enviados à administração municipal.

A justificativa foi dada ontem, em entrevista à Rádio Bandeirantes, ao responder pergunta de morador de São Bernardo sobre o andamento das intervenções, dois dias após o Diário publicar que a Construtora OAS, uma das responsáveis pelo andamento do projeto, demitiu cerca de 200 funcionários nos últimos dias e o canteiro de obras beira o abandono.

Como solução, Marinho adiantou que pediu reunião com o novo ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), a fim de garantir celeridade no repasse dos recursos. “Mesmo com a permanência da presidente Dilma (Rousseff, do PT, no Planalto) houve passagem de governo, que interferiu no fluxo de pagamento. Já solicitei encontro com o Kassab para conseguir restabelecer a verba. Temos R$ 20 milhões em pendências”, argumentou.

O petista admitiu morosidade no andamento dos serviços ao citar que “está em ritmo lento”, mas garantiu que a proposta “será concluída até o início do ano que vem”. Em visita à obra na segunda-feira, o Diário constatou em pleno horário de expediente (às 14h30), serviços parados, poucos funcionários – em torno de 15 trabalhadores – e máquinas desligadas. Os operários presentes confirmaram que aproximadamente 200 pessoas foram demitidas nos últimos meses.

Iniciadas em dezembro de 2013, as obras do piscinão têm previsão de conclusão para o fim de 2016 e custo estimado em torno de R$ 295,8 milhões, grande parte custeada pelo governo federal, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O projeto do piscinão do Paço prevê capacidade de armazenamento de até 220 milhões de litros e será interligado com galerias construídas sob a Rua Jurubatuba e a Avenida Aldino Pinotti. O objetivo será minimizar as enchentes no Centro de São Bernardo.

A OAS, ao lado da Serveng Civilsan, formam o Consórcio Centro Seco, vencedor do processo licitatório para intervenções de combate a enchentes em todo o município – não só o piscinão do Paço.

A empreiteira é investigada pela Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobras. 




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