O caso do grupo - que inclui a empresa Caiuá, a emissora das notas - é semelhante ao de muitas outras empresas brasileiras. Fundado em 1903, nos últimos dois anos passou por um forte processo de expansao com a aquisiçao de companhias de energia elétrica estaduais privatizadas.
Queiroz nao considera uma ida ao mercado internacional, ao menos por enquanto, pelas condiçoes desfavoráveis. Além do mais, o risco cambial ainda é grande e o custo do hedge (proteçao) está alto demais, tornando inviável a captaçao externa. Problema que nao enfrentam os exportadores, que têm receita em dólar. Esses fatores, mais a seletividade do mercado internacional e a queda brutal dos juros, estao levando muitas empresas a fazer as contas na ponta do lápis e concluindo que o melhor é buscar as alternativas internas.
Para os grandes grupos, no entanto, a situaçao é diferente, especialmente para a Petrobrás, que até o fim do mês deve definir a renovaçao de um "US commercial paper" com vencimento em setembro. Nao se trata de uma emissao de títulos - ainda difícil de ser feita. Essa operaçao é um empréstimo bancário, similar a um cheque especial. No caso da Petrobrás, os recursos sao utilizados basicamente para financiar as importaçoes de petróleo, segundo informou Leônidas Moura, vice-presidente do Chase.
Para bancos como Bradesco, Itaú e Unibanco, os recursos captados sao repassados em operaçoes de comércio exterior. O executivo do Chase explica que a vantagem desse tipo de operaçao é que depois de estruturada, o risco passa a ser do banco que deu a garantia final do programa. No caso da Petrobrás, a instituiçao é o Barclays Bank.
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