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Cai o índice de mortalidade perinatal em todo o Estado
Por Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
18/02/2011 | 07:03
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Quatro das sete cidades do Grande ABC registraram queda acima da média estadual na última década referente à taxa de mortalidade perinatal, que são os óbitos fetais registrados a partir da 22ª semana de gestação até sete dias após o nascimento. O índice de redução na última década no Estado foi de 25%. O balanço foi divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Fundação Seade (veja quadro).

Os municípios que superaram o índice estadual foram Santo André, São Bernardo, São Caetano e Rio Grande da Serra. Mauá igualou a média, com 25%. Em relação aos valores de 2000, houve queda na mortalidade perinatal em todas as regiões do Estado. As maiores diminuições foram observadas nas regiões da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Bauru.

De acordo com os dados divulgados, São Caetano é a cidade dona da melhor taxa de mortalidade perinatal do Grande ABC: 8,9 mortes para cada 1.000 nascidos vivos ou mortos. O índice é relativo ao ano de 2009, conforme aponta o levantamento.

Para Regina Maura Zetone, assessora especial da Coordenação da Ação Social, os números refletem o investimento feito na qualidade do serviço prestado às gestantes da cidade. "São os mesmos motivos que levam a nossa mortalidade infantil ser a menor do Estado há dois anos seguidos entre as cidades com mais de 50 mil habitantes. A começar pelo saneamento básico de São Caetano: 100% do esgoto coletado é tratado. Esse é o principal fator para um município reduzir sua mortalidade", explicou.

De acordo com Regina, o programa Progesta-12 foi um dos que contribuíram para alcançar a meta. Ele consiste em oferecer orientações preventivas às mulheres que pretendem engravidar. Três meses antes da previsão da concepção, é disponibilizado um conjunto de ações, como suporte nutricional (suplemento e vitaminas), realização de exames, recebimento de medicamentos e orientações físicas.

"A assistência à Saúde preventiva, como a realização do pré-natal e a visita dos agentes comunitários do Programa Saúde da Família também foram preponderantes para o resultado. Na próxima década, devemos manter os índices, já que todos os fatores que influenciam o índice estão cobertos", concluiu.

Grande São Paulo foi uma das regiões com maior redução

Em relação aos índices de 2000 houve queda na mortalidade perinatal em todas as regiões do Estado. As maiores diminuições foram observadas na Grande São Paulo, junto com São José do Rio Preto e Bauru. Na Região Metropolitana a taxa em 2000 era de 18,1, contra 13,1 registrada em 2009. O levantamento aponta, ainda, que a redução da mortalidade perinatal pode ser atribuída, principalmente, à queda do número de óbitos considerados reduzíveis por diagnóstico e tratamento precoces de doença.

A frequência de consultas também foi considerada relevante, já que 76,1% das grávidas do Estado passam por pelo menos sete consultas de pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde, superando o mínimo de seis atendimentos recomendados pelo Ministério da Saúde.




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