Política Titulo Santo André
Grana corta R$ 30 mil de emendas a entidades

Verba no Orçamento se mantém em R$ 300 mil
a cada vereador, só que mudança desagrada

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
12/11/2014 | 07:00
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O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), reduziu em R$ 30 mil a verba de emendas parlamentares no Orçamento de 2015 destinada a entidades assistenciais. A alteração desagradou a Câmara, incluindo integrantes da base aliada ao governo petista. O volume de verba por gabinete continua fixado em R$ 300 mil, porém com mudanças na divisão de cotas. Na peça deste ano, o Paço abriu R$ 210 mil a instituições e agora, com a nova proposta, a quantia não pode ultrapassar R$ 180 mil.

Na totalidade, a administração Grana, teoricamente, vai separar R$ 6,3 milhões em emendas parlamentares, sendo R$ 3,7 milhões para entidades assistenciais e R$ 2,5 milhões para obras na cidade. Diante da reformulação, o aporte vinculado a intervenções municipais foi ampliado de R$ 90 mil, em 2014, para R$ 120 mil no ano que vem, por vereador. Em contrapartida, a reclamação ecoada no Legislativo é que grande parte das obras indicadas pela Casa não teve execução até agora pelo Paço.

Componente da bancada chamada independente na Câmara, o vereador Roberto Rautenberg (PTB) alegou que a verba destinada a obras pode ser “considerada fantasma”. Segundo o petebista, o pacote “não está sendo cumprido” pela Prefeitura. “É recurso fictício, acaba comprometendo (as promessas). E isso não é só no PTB. Sei que outros partidos sofrem com a mesma consequência”, disse, ao acrescentar que, da sua parte, solicitou espaço canino no Parque Central, com valor total de R$ 90 mil, semelhante ao do Parque Villa Lobos. Não foi atendido pelo Executivo.

A ala de parlamentares contrários ao governo se reuniu ontem, depois da sessão no Legislativo, para discutir o projeto. Os vereadores têm até amanhã para protocolar emendas ao Orçamento. O grupo estudo pedir adiamento. Oposicionista, Ailton Lima (Solidariedade) reivindicou que o pacote deve subir para R$ 500 mil por gabinete. “Considero que R$ 300 mil é pouco. Até porque não temos como mensurar gastos exatos em obras. O que vai para entidade nós recebemos relatório. Do lado contrário não.”

Articulador do governo com a Câmara, o secretário de Governo, Arlindo José de Lima (PT), argumentou que o Paço ainda negociará eventuais remanejamentos na proposta junto ao Legislativo dentro das “limitações de arrecadação”. “Sabemos que há problemas na execução, mas estamos abertos para readequar o projeto e chegar a um acordo, fazendo o possível para atender as necessidades. Vamos tomar providências, pois pretendemos honrar tudo o que foi prometido. O ano não terminou, faltam dois meses.” 




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