Economia Titulo Combustível
Consumo de álcool sobe 3,88% no País

Dados da Unica mostram que alta dos preços nas
usinas e postos não inibiu a comercialização em outubro

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11/11/2009 | 07:00
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O consumo de etanol combustível no mercado interno brasileiro atingiu 2,07 bilhões de litros no mês de outubro na região Centro-Sul. O resultado revela que, ao contrário do que previa a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar), o consumo não recuou diante da alta nos preços nas usinas e nos postos.

O volume, de acordo com dados divulgados pela entidade apenas aos associados, supera em 3,88% o consumo de 1,99 bilhão de litros de setembro e é o maior mensal desde julho desta safra, quando foram consumidos 2,13 bilhões de litros de etanol.

O consumo total de etanol no mercado interno em outubro é ainda 12,17% superior ao de igual mês do ano passado, de 1,845 bilhão de litros. O consumo de hidratado, combustível que é utilizado direto nos tanques dos veículos flex ou a álcool, e cujos preços dispararam no mês passado, cresceu 1,75%, de 1,528 bilhão de litros para 1,554 bilhão de litros, entre setembro e outubro. O do anidro, que é misturado em 25% à gasolina, saltou 10,92%, se comparados os mesmos meses, de 464,7 milhões de litros para 515,469 milhões de litros, segundo a Unica.

O aumento percentual na demanda pelo anidro maior que variação no crescimento do consumo do hidratado sinaliza a alta no consumo da gasolina, pela utilização cada vez maior do combustível derivado de petróleo nos tanques dos veículos flex fuel. A migração para gasolina acontece justamente pelo fato de o uso desse combustível ser economicamente mais viável que o do álcool hidratado em Estados do Centro-Sul. O crescimento, tanto no consumo total quando no do anidro, serve de munição para que o governo ameace baixar para 20% a mistura de álcool à gasolina.

Segundo os dados da Unica, no total da safra 2009/2010 de cana-de-açúcar, iniciada em abril, a demanda pelo combustível no mercado interno foi de 13,899 bilhões de litros, alta de 15,44% sobre os 12,04 bilhões de litros de igual período da safra passada.

Etanol é competitivo em apenas sete Estados

O etanol combustível segue competitivo no tanque dos carros flex fuel em apenas sete dos 27 Estados brasileiros (incluindo o Distrito Federal), de acordo com dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo), compilados pelo AE-Taxas, referentes à semana terminada em 6 de novembro. A alta do álcool nos postos fez com que a vantagem recuasse em relação à semana anterior, quando oito Estados entravam nessa lista.

Este é o menor número de Estados com preço do etanol competitivo registrado nos últimos anos. O álcool permanece vantajoso apenas em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, São Paulo e Tocantins. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a álcool é de 70% do poder nos motores à gasolina.

O derivado do petróleo é melhor opção em 16 Estados e, Alagoas, Maranhão, Rio de Janeiro e Rondônia, é indiferente o uso do combustível. Desde a semana de 16 de outubro, a gasolina passou a ser vantajosa em mais Estados.

Segundo a ANP, o preço mínimo registrado do etanol foi de R$ 1,27 por litro e o máximo R$ 2,60 ambos no Estado de São Paulo. O levantamento revela que os preços médios do álcool subiram nos postos de 17 Estados brasileiros no período analisado. As cotações caíram em 10 Estados.

IPVA terá queda de até 12,2% em 2010 em São Paulo

O IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores) terá, em média, queda de 9,3% no ano de 2010, de acordo com os números divulgados ontem pela Secretaria Estadual da Fazenda de São Paulo. Os veículos e motos terão queda ainda maior. A redução do IPVA para carros será de 12,2% e motocicletas chega a 9,8%. Os caminhões terão retração de 7,7%, utilitários 7,5% e ônibus e micro-ônibus terão IPVA 4,1% menor.

Ontem, a Fazenda paulista liberou as alíquotas, que não tiveram alterações. Carros a gasolina, bicombustível e picape cabine dupla recolherão 4% sobre o valor venal. Veículos a álcool e gás pagam 3%; utilitários (cabine simples), ônibus, micro-ônibus, tratores e motocicletas, 2%; caminhões, 1,5%. Veículos com mais de 20 anos de fabricação estão isentos.

A expectativa da secretaria é arrecadar R$ 8,9 bilhões para 2010. Segundo a Fazenda paulista, do total de 4 milhões que aderiram ao Nota Fiscal Paulista, 385 mil consumidores preferiram que o crédito fosse abatido do IPVA.




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