O chefe das operações de socorro, general Farooq Ahmad Khan informou que o terremoto que afetou o norte do Paquistão em 8 de otutubro deixou 51,3 mil mortos e mais de 74,5 mil feridos. Na região da Caxemira, controlada pela Índia, morreram mais de 1,3 mil pessoas.

Ajuda- Sob um frio intenso, dezenas de milhares de sobreviventes do terremoto esperam que o mundo responda aos pedidos urgentes da ONU para o envio de ajuda.

Preocupado com a escassa resposta internacional, o coordenador da ajuda humanitária de emergência da ONU, Jan Egeland, é esperado nesta sexta-feira em Bruxelas para pedir à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) mais audácia, além de mais aviões e helicópteros para ajudar os sobreviventes.
 
Na região, um número limitado de helicópteros, sobretudo americanos, alemães e japoneses, apóia os aparelhos militares paquistaneses que trabalham para levar mantimentos às zonas montanhosas isoladas e evacuar as vítimas. Os Estados Unidos prometeram outros 19 helicópteros adicionais que se somarão aos 12 que já operam na região.

Duas semanas depois do tremor que deixou mais de 52,5 mil mortos no Paquistão e Índia, principalmente na Caxemira, além de quase 80 mil feridos, as equipes de socorro tentam entregar tendas de campanha e cobertores para os quase três milhões de desabrigados.

Milhares de feridos estão ameaçados de gangrena. O Paquistão recebeu do Egito pelo menos 100 mil doses de vacina antitetânica, ao mesmo tempo em que a organização MSF (Médicos Sem Fronteiras) informou que atende todos os dias centenas de feridos, "concentrando-se particularmente nos ferimentos infectados e nas fraturas".

Desde 8 de outubro, ONGs paquistanesas e estrangeiras trabalham para aliviar o sofrimento da população, mas as organizações internacionais não estão tão presentes como em outras catástrofes.

No plano político, as autoridades indianas anunciaram que pediram ao presidente paquistanês, Pervez Musharraf, que explique sua idéia, proposta na terça-feira, de abrir aos civis a linha de fronteira entre as duas partes da Caxemira, com o objetivo de facilitar as operações de socorro e de reconstrução.

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, chegou na quinta-feira ao Paquistão, onde visitou os feridos na cidade devastada de Muzaffarabad.

A Turquia foi um dos primeiros países a reagir à catástrofe no sul da Ásia, enviando cinco equipes de socorro de emergência e mais de 11 toneladas de mantimentos.