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São Caetano confirma a terceira morte pela Covid-19

Grande ABC tem, pelo menos, 182 diagnósticos positivos e 13 vítimas fatais da doença; País ultrapassa marca de 10 mil casos confirmados

Por Flavia Kurotori
Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
05/04/2020 | 00:10
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Pixabay


O número de casos confirmados e de mortes causados pelo novo coronavírus registrou aumento no Grande ABC, segundo boletins epidemiológicos emitidos pelas prefeituras ontem. Em São Caetano, os óbitos passaram de dois para três. Já em Diadema, os casos confirmados saltaram de quatro para 28 em apenas 24 horas. Assim, a região registra, pelo menos, 182 pessoas que foram contaminadas e chega a 13 vítimas fatais.

O óbito registrado em São Caetano ontem é de homem de 78 anos com doença neurológica crônica. Ele estava sendo atendido no Hospital Maria Braido, na cidade onde morava. O município soma 43 casos confirmados, ante 37 da sexta-feira. Outras 385 pessoas aguardam confirmação para a Covid-19, assim como cinco mortes estão sob investigação.

A Prefeitura de Diadema informou que 28 casos da doença foram confirmados nas últimas 24 horas, sete vezes mais pessoas do que no dia anterior. A cidade registrou a primeira morte causada pela enfermidade na sexta-feira. Trata-se de homem de 68 anos, que tinha diabetes e doença cardiovascular. Ele estava internado em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de São Bernardo. Outros 361 munícipes aguardam confirmação dos exames.

Santo André contabiliza 52 moradores diagnosticados com a Covid-19, um a mais do que no dia anterior. Até o último balanço, duas mortes foram ocasionadas pelo vírus na cidade e 354 pacientes aguardam resultado.

Em Ribeirão Pires, houve a confirmação de mais um caso positivo para a doença: um policial de 48 anos, que está cumprindo quarentena domiciliar. Na cidade, até o fechamento desta edição, são sete casos positivos e 59 sob análise.

A Prefeitura de São Bernardo informou que irá emitir boletim apenas amanhã. A cidade liderava o número de mortes causadas pelo novo coronavírus na região, com sete vítimas confirmadas. No município, até sexta-feira, eram 51 pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Mauá e Rio Grande da Serra não enviaram os boletins epidemiológicos ontem

CENÁRIO
A Secretaria de Saúde estadual divulgou que, até ontem, São Paulo somava 260 mortes causadas pela Covid-19, 41 a mais do que na sexta-feira, sendo 144 homens e 116 mulheres. Do total, 223 tinham idade igual ou superior 60 anos. As demais incluem pessoas com menos de 60 anos com comorbidades que, assim como os idosos, representam grupo mais vulnerável a complicações. Já os casos confirmados chegam a 4.466. <EM>

Em todo País, são 432 mortes resultantes da infecção pelo coronavírus. Os casos confirmados chegaram a 10,2 mil – 1.062 a mais do que na sexta, segundo o Ministério da Saúde.

Inclusive, a Pasta anunciou aquisição de 15 mil respiradores mecânicos, com investimento de R$ 1 bilhão. Após a assinatura do contrato no fim de março, a empresa terá 30 dias para entregar os equipamentos no País. Os ventiladores ajudam pacientes que não conseguem respirar sozinhos e seu uso é indicado nos casos graves da Covid-19.

Brasil tem 8ª maior taxa de letalidade do mundo

O Brasil ocupa a oitava maior taxa de letalidade do mundo, quando verificado o número de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus e aquelas que vieram a óbito. Atualmente, o índice no País está em 4,2%, enquanto nos Estados Unidos, que têm mais de 300 mil casos confirmados e 8.141 mortes, a taxa é de 2,7%.

A Itália é o país com maior índice de letalidade: 12,3%, ou seja, de cada 100 pessoas contaminadas, 12 morreram. No Reino Unido a letalidade é de 10,3%, na sequência aparece a Espanha, em 9,4%.

O índice no Brasil tende a cair, segundo o Ministério da Saúde, porque o número de testes no País ainda é reduzido. Com o aumento dos exames, crescerá o número de pessoas contaminadas, o que reduz o cálculo em relação às vítimas fatais da doença.

No mundo, até o fechamento desta edição haviam 1,19 milhão de casos confirmados com 64.316 mortos. O Brasil ocupa o 16º lugar no ranking de pacientes contaminados e o 14º em óbitos.

BOA NOTÍCIA
O número de pacientes em UTIs (Unidades de Terapia intensiva) diminuiu pela primeira vez na Itália desde a explosão da pandemia da Covid-19, há mais de um mês. De acordo com o chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli, o total de doentes infectados pelo novo coronavírus é de 3.994 – na véspera eram 4.068. “É notícia importante porque permite aos nossos hospitais respirarem. É a primeira vez que este número cai desde que administramos a crise", explicou Borrelli.

A queda foi detectada em particular na Lombardia (Norte), a região mais afetada, onde os hospitais estão lotados, com 1.326 pessoas em UTIs, ou seja, 50 a menos do que na véspera.

Em contra-partida, a Itália registrou 681 novas mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas. Apesar de assustador para os padrões brasileiros, é o menor número nos últimos nove dias – em 25 de março o país contabilizou 683 mortes. O dado representa recuo de 10% na comparação com o dia anterior.

RECORDE NOS EUA
O Estado de Nova York registrou nas últimas 24 horas 630 mortes pelo novo coronavírus, superando os dias anteriores da epidemia. Agora, são 3.565 óbitos e 113.704 casos.

O governador Andrew Cuomo disse que, enquanto dois terços dos pacientes hospitalizados no Estado até agora receberam alta, cerca de 15.900 pessoas ainda estão em hospitais e o pico do surto está à frente. “Pelos números, ainda não estamos no ápice. Estamos chegando mais perto”, lamentou Cuomo. (das Agências) 




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