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Demanda das empresas por crédito cai 3,7%
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
21/10/2010 | 07:04
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A demanda por crédito por parte das empresas caiu, no País, em setembro - após crescer por dois meses consecutivos. O volume de companhias que recorreram ao crédito no período apontou queda de 3,7%, na comparação com agosto.

Por outro lado, o levantamento realizado pela Serasa Experian mostra que em relação a setembro de 2009, a demanda das empresas por crédito cresceu 5,1% e, no acumulado dos primeiros nove meses de 2010, avançou 7,4% sobre o período acumulado de janeiro a setembro de 2009. "Essa queda na busca de crédito foi determinada pela menor quantidade de dias úteis em comparação com agosto", afirma o gerente de indicadores de mercado da entidade, Luiz Rabi.

Economistas da Serasa lembram ainda que, em termos sazonais, a procura das empresas por crédito costuma ser menor no último trimestre do ano, mas a expectativa é que, nas comparações anuais, a demanda por empréstimo deverá registrar variações positivas neste quarto trimestre.

Na classificação por porte, todas as categorias de empresas reduziram a sua procura por crédito durante o mês de setembro. O destaque ficou por conta das micro e pequenas companhias que recuaram em 3,8% a sua demanda.

Nas médias empresas a queda verificada em setembro deste ano foi de 1,6% e nas grandes a variação mensal foi de -0,4%. No acumulado de janeiro a setembro, as companhias maiores lideraram a procura por crédito: alta de 10,3% na comparação com os primeiros nove meses de 2009.

Segundo a Serasa, as micro e pequenas totalizaram elevação de 8,4% na demanda por empréstimo durante janeiro a agosto. Já as médias registraram recuo de 8,7%, isto porque muitas delas são exportadoras e ainda encontram um mercado externo pouco dinâmico e sujeitas a taxa real de câmbio relativamente valorizada.

A maior queda na procura das pessoas jurídicas por crédito em setembro ocorreu no setor de serviços (-4,4%). As indústrias exibiram recuo de 4,2% durante o mês passado e o resultado menos negativo foi verificado no setor comercial: queda de 3%. "É natural que isso aconteça, uma vez que as indústrias, por exemplo, já se abasteceram no início desse semestre para ter matéria-prima necessária para a produção voltada ao fim de ano", analisa Rabi.

Ele completa que em janeiro deve haver retomada por crédito por parte das pessoas jurídicas. "Como o período é fraco devido ao excesso de tributos a pagar, as empresas precisam do recurso para se manter. Já entre março e setembro o crédito solicitado pelas companhias tem um destino certo: serve como investimento, capital de giro."




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