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Empresas apoiadas pelo BNDES aumentaram 23% contratações
05/10/2005 | 00:06
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As empresas apoiadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aumentaram 23% os seus postos de trabalho entre 2000 e 2004. Já nas companhias que não tiveram relacionamento com o banco de fomento, o emprego aumentou menos - apenas 8% no mesmo período. Os números são de pesquisa da própria instituição financeira com base em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.

O diretor de Planejamento do BNDES, Antonio Barros de Castro, considera que a pesquisa desfaz uma dúvida: se, ao utilizar boa parte dos seus recursos para empresas grandes, o BNDES "não estaria fazendo um gol contra do ponto de vista do emprego". "Esta acusação foi levantada contra o BNDES mais de uma vez", afirmou. Ele considerou o resultado da pesquisa "bastante positivo".

Principalmente considerando a queda de 3% de 2000 para 2004 do número de postos de trabalho em uma composição de empresas não clientes do BNDES com perfil de portes semelhantes às apoiadas pela instituição.

"Foi uma surpresa significativa para nós", disse o sindicalista Canindé Pegado, da CGT (Central Geral de Trabalhadores), após reunião de líderes sindicalistas com o presidente do BNDES, Guido Mantega.

Na opinião do presidente da CUT (Central Única de Trabalhadores), João Felício, a pesquisa mostra que "o banco público tem um cuidado maior que leva ao emprego". Na mesma ocasião, Mantega informou que estão em fase de aprovação pelo banco o apoio a três grandes projetos de siderurgia, a duas refinarias da Petrobras, uma em Pernambuco e outra no Rio, e "dois ou três grandes projetos de celulose".

Mantega afirmou que alguns desses podem ter os desembolsos ainda neste ano, "principalmente os projetos em que haverá aporte de capital, que é imediato". O presidente, no entanto, não revelou quais estão nesse caso.

Segundo Mantega, o BNDES apoiará os investimentos no setor elétrico a partir dos leilões de linhas de transmissão, em novembro, e de geração de energia nova, em dezembro. De acordo com Mantega, o juro real dos financiamentos do BNDES é atualmente de 10% ao ano, mas a tendência é de queda porque espera-se a redução da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), usada como base nas operações da instituição.




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