Osegundo escalão do governo de Mário Reali (PT), em Diadema, começa a ser desenhado. Dois ex-vereadores - João Merenda (PV) e Marco Antonio Ernandez, o Marquinhos (PT) - trabalham no Paço desde o dia 2.

Parlamentar por dois mandatos e presidente da Câmara por seis, Marquinhos compôs no ano passado o primeiro escalão de José de Filippi Júnior (PT), que antecedeu Reali. Inicialmente, como secretário de Assistência Social. Depois, migrou para o Governo.

Autor da frase recorrente de ser um "soldado do partido", Marquinhos, agora, é o assessor direto do secretário de Defesa Social, José Francisco Alves (PMDB), que comandou a Pasta de Transportes no último governo Filippi. "O principal foco da Defesa Social é manter a segurança", resumiu o ex-parlamentar petista, que manteve um fã-clube na Câmara, ainda quando secretário, em defesa de seu nome para compor o time de Reali.

Já o advogado João Merenda, que disputou o último pleito e não foi eleito para comandar seu quarto mandato no Legislativo, assumiu o posto como assessor de Relações Institucionais, cargo diretamente ligado ao gabinete do prefeito.

"Estou gostando do desafio", afirmou o verde, que será o articulador direto entre a Prefeitura e o Legislativo. Nos últimos dias, Merenda circulou pelos corredores da Câmara, apesar do recesso parlamentar. "Por enquanto, os projetos do Executivo estão sendo elaborados para serem encaminhados para apreciação dos vereadores", ressaltou.

Além de Marquinhos e Merenda, outro ex-vereador que deve aportar na Prefeitura é o Pastor Isaías Maria (PSC), que também disputou a última eleição, mas não se elegeu.

LÍDER - Além de Merenda no papel de articulador do Executivo com o Legislativo, o nome que desponta para execer a função, mas no caminho inverso, da Câmara para a Prefeitura, é Laércio Soares (PCdoB). Assim, o comunista sucederia o atual presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), no posto de líder do Governo na Casa.

Nas entrelinhas, Marquinhos e Merenda defendem o nome de Laércio para ser escolhido por Reali, que por várias vezes declarou que esse cargo é uma peça fundamental na relação do governo com a Câmara.

O PCdoB ficou de fora do secretariado de Reali, embora tenha apoiado o petista. A função de líder do governo para Soares, segundo alguns vereadores, seria prêmio de consolação. O comunista não foi localizado. para comentar o assunto.