Setecidades Titulo 'Padrão europeu'
Hospital da Mulher atenderá homens
Por William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
21/01/2009 | 07:00
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O Hospital da Mulher passará por reestruturação e parte dele será utilizado para atendimento geral. Esta é uma das mudanças a serem implementadas pelo secretário de Saúde de Santo André, Leonardo Carlos de Oliveira, que aposta na expansão dos serviços para as demais parcelas da população.

Criação do "Poupatempo da Saúde", espaço para pacientes crônicos e melhorias profissionais para o funcionalismo são outras promessas do atual secretário de Saúde. Ele fala também em "atendimento com padrão europeu" e "melhor Samu do Brasil" em Santo André. A expectativa de Oliveira é de que em seis meses a população já note parte dos resultados das metas, no mínimo, pouco modestas.

A abertura do Hospital da Mulher à população em geral atenderia a uma demanda importante e resolveria parcialmente a questão da falta de leitos no município, acredita o secretário. "Faremos essa mudança sem afetar os serviços à mulher. São dez leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) que podem ser utilizados por quem precisar", explica. O secretário diz que isso é possível, mesmo sem existir capacidade ociosa no momento.

Inaugurado há pouco mais de seis meses, o Hospital da Mulher tem sido alvo de interferências diretas da atual gestão. O afastamento do superintendente, Jairo Giorgetti, por questões político-partidárias, foi o primeiro sinal.

Outro hospital da cidade, o CHM (Centro Hospitalar Municipal), também está na pauta de mudanças. O secretário pretende realizar ampla reforma, incluindo a possibilidade de aumento no número de leitos. "As obras não afetarão o atendimento, porque as faremos por setor. É um problema que existe há muito tempo", diz Oliveira.

A transformação de pronto-atendimentos em mini-hospitais é outro passo. O responsável pela Secretaria de Saúde se justifica, diante do posicionamento de especialistas contrários à ideia de unidades com capacidade inferior a 150 leitos. "Seria realmente um ato de antigestão se fossem isolados. A diferença é que teremos uma rede integrada e dinâmica", fundamenta.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também está na mira. "Queremos manter aqui o melhor Samu do Brasil."

Pouco modesta é também a intenção de diminuir de dez meses para uma semana a espera por determinados exames, como colonoscopia. A criação do "Poupatempo da Saúde" possibilitaria isso. "O governo do Estado já tem realizado visitas técnicas para verificar possíveis locais. Vários serviços serão prestados no mesmo lugar", diz.

Em três meses, deverá haver uma definição sobre o espaço. O Plano de Atendimento Domiciliar e o Plano do Idoso também estão na pauta. As verbas servirão de base para se oferecer auxílio aos pacientes crônicos. "Haverá estrutura com amplas condições de servir a essas pessoas. Estamos tratando sobre o atendimento com instituições beneméritas", explica.

A atual gestão diz que tem verba suficiente para custear as futuras ampliações de infra-estrutura e não para com as promessas. Plano de carreira e reposição salarial para os funcionários estão na lista.

Secretário promete solução para PA Central em 30 dias

A situação caótica pela qual passa o Pronto Atendimento Central de Santo André tem data prevista para acabar. O secretário de Saúde do município, Leonardo Carlos de Oliveira, promete nos próximos 30 dias resolver os problemas que têm provocado espera de até seis horas. Terça-feira foi mais um dia de revolta.

O secretário pretende colocar uma equipe formada por seis clínicos durante o dia e quatro no período noturno. Outros dois pediatras também estarão à disposição dos moradores no pronto atendimento vizinho à Prefeitura. Oliveira calcula em 32 médicos o déficit do PA Central, número diferente do informado pela Prefeitura segunda-feira.

Ontem, apenas uma médica prestava atendimento no início da tarde. Não havia mais as kombis transportando pacientes para os PAs Bangu e Vila Luzita, mas a revolta da população continuava a mesma. "Sinto dor no peito e não consigo trabalhar. Cheguei às 8h", afirmou o encarregado de pintura André Ferreira da Costa, 31 anos, seis horas depois de ter chegado ao local.




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