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Estado 'desconversa' sobre Hospital Nardini

Governo afirma apenas que 'vai analisar' proposta para assumir hospital de Mauá; comando continua incerto

Por William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
21/01/2009 | 07:00
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A reunião entre representantes do Poder Público de Mauá e da Secretária de Estado da Saúde terminou na terça-feira quase como começou. Depois de aproximadamente uma hora de conversa, o governo do Estado seguiu reticente em reassumir o controle do Hospital Doutor Radamés Nardini, motivo de dor-de-cabeça para os mauaenses desde a metade dos anos 1990.

As impressões sobre o resultado da reunião variam de acordo com o lado da mesa. Para o deputado estadual Donisete Braga (PT), o governo deu mostras de que pretende estudar a viabilidade de se fazer estudos para retomar o comando da unidade hospitalar.

Questões "técnicas, físicas e financeiras" estariam envolvidas na análise. "Espero que o Estado possa, daqui a duas semanas, oferecer uma política de gestão para o Nardini. Seria uma ação efetiva e contamos com isso", disse o deputado.

Mas a "ação efetiva" aguardada pelo parlamentar não deve aparecer tão cedo - isso se surgir. A secretaria sinaliza que a proposta de estadualização do hospital deve seguir o mesmo caminho que as outras apresentadas desde o início da década. A assessoria informou apenas que será levada à análise do secretário estadual Luiz Roberto Barradas Barata - como as demais já foram um dia.

O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), e o vice, que também é o secretário de Saúde, Paulo Eugênio, também participaram da reunião com o coordenador de regiões da Secretaria de Saúde, Luiz Maria Ramos Filho. Procurada pela reportagem, a administração municipal não se manifestou sobre o teor do encontro até o fechamento desta edição.

Na segunda-feira, o Ministério Público Estadual pretende ouvir a Prefeitura sobre a crise no Nardini. Uma liminar concedida pela Justiça em 2007 gera multa diária de R$ 10 mil à administração municipal pelas péssimas condições sanitárias e de infraestrutura do hospital.

Os atuais gestores já sinalizam com a possibilidade de solicitar o adiamento da audiência, alegando não terem tido tempo para elaborar proposta de implementação das ações de regularização.

PROMESSAS - Um hospital estadual para Mauá não virá tão cedo, e nisto concordam tanto o deputado Donisete Braga quanto a Secretaria de Estado da Saúde. As divergências entre o petista e a administração tucana se concentram nas soluções paliativas.

O deputado deixou a reunião com a expectativa de que haverá construção de 30 a 40 leitos em Rio Grande da Serra, 50 a 80 leitos em Ribeirão Pires e um AME (Ambulatório Médico de Especialidades) em Mauá. O Estado nega a primeira promessa, diz que a segunda é parcialmente verdadeira (podem não ser tantos leitos) e que a última virá para a região no início de 2010, mas ainda sem local definido.




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