Depois de ter subido na semana passada – e contrariado o movimento das usinas de cana-de-açúcar – o preço do álcool voltou a cair no Grande ABC. A variação, de 0,63%, representou um barateamento de menos de um centavo por litro, mas já indica que o custo nas bombas vai seguir o dos produtores do combustível.

No mais recente cálculo do Diário, com base na pesquisa semanal da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o custo do litro do álcool na região ficou em R$ 1,266. Em média, o derivado de cana mais barato do Grande ABC está em Diadema (R$ 1,233), mesmo com alta de 0,98%. São Caetano tem o combustível mais caro (R$ 1,296), mas registrou queda de 1,14%.

A queda no preço médio do álcool na região é um efeito esperado há tempos. Isso porque o valor de venda médio cobrado pelas usinas de cana-de-açúcar vem caindo há várias semanas. O álcool hidratado – que é o que, no final da cadeia, abastece diretamente os carros – vem em uma rota de queda que dura sete semanas, desde o começo de dezembro.

Naquela época, segundo a pesquisa semanal do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP, o produto saía das usinas a um preço médio de R$ 0,75648 o litro. Desde então, já ficou 10,08% mais barato, o que significa uma diferença de pouco mais de R$ 0,06 por litro. Hoje, ele custa, em média, R$ 0,68025.

Já o anidro, que é o álcool puro, sem adição de água (ao contrário do hidratado), ficou 10,07% mais barato nas últimas sete semanas. De um preço médio de R$ 0,85616 o litro, caiu para R$ 0,76994, diferença de R$ 0,07. No entanto, esse produto afeta só o preço da gasolina, já que o anidro é misturado ao derivado de petróleo.