Setecidades Titulo
Pai e filho matam suposto assaltante em Sto.André
Por Kléber Werneck
Do Diário do Grande ABC
09/09/2001 | 18:17
Compartilhar notícia


O taxista A. e seu filho M., também taxista, mataram um menor e feriram um homem durante uma suposta tentativa de assalto, ocorrida sábado por volta das 21h30, em Santo André. Os assaltantes teriam abordado A. em uma corrida para Mauá. M., que seguia o taxista com o seu carro, disse ter atirado contra a dupla quando o pai parou em um semáforo na avenida Capitão Mário de Toledo Camargo. Porém, a polícia diz que a história tem algumas contradições. O sobrevivente, R.L.S.R., 20 anos, nega a versão.

O taxista contou à polícia que o menor M.M.R., 16, e o maior R. pegaram o táxi em um ponto próximo à praça Adhemar de Barros, na Vila Alzira. Eles disseram ao motorista que pretendiam seguir para Mauá. O filho do taxista, que também estava no ponto de táxi, disse ter achado a dupla suspeita e resolveu seguir o carro do pai. O taxista disse que logo que deixou o ponto um dos homens sacou a arma e anunciou o assalto. Nesse momento, ele teria conseguido sinalizar para o filho.

O rapaz aproveitou quando o Logus do pai parou em um semáforo da avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, na Vila Vitória, para atacar. Com um revólver calibre 38, ele desceu do seu carro e passou a atirar contra o menor, que estava no banco traseiro. Nesse momento, o taxista tomou a arma que estava com R., no banco da frente. Os dois começaram a lutar e o taxista disparou contra o homem.

Mesmo ferido, R. saiu do carro e tentou fugir, mas foi contido pelo taxista. Ele e o filho levaram a dupla ferida para o 1º DP da cidade. O menor, que recebeu 11 tiros, foi ao hospital, mas morreu. R. levou seis disparos, foi internado e liberado neste domingo.

O taxista apresentou somente uma arma na delegacia – um revólver calibre 38 –, com apenas cinco tiros deflagrados. Não explicou de onde saíram os outros 12 tiros constatados pelo IML (Instituto Médico-Legal). Quanto à arma do passageiro, o taxista disse que R. a jogou fora durante a tentativa de fuga.

R. disse à polícia que entrou no táxi com o menor para fazer uma corrida até Mauá, mas afirmou que não estavam armados e não pretendiam assaltá-lo. Neste domingo à tarde, os taxistas que estavam no ponto estavam com medo de vingança e os motoristas da noite pensavam em não trabalhar.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;