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Novo premiê japonês mantém gabinete de Obuchi
Do Diário do Grande ABC
05/04/2000 | 11:00
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O novo primeiro-ministro japonês, Yoshiro Mori, manteve o mesmo gabinete de seu antecessor, Keizo Obuchi, e tranqüilizou os mercados financeiros. Kiichi Miyazawa, 80 anos, continuará à frente das Finanças e Taichi Sakaiya continuará no Planejamento.

Mori se comprometeu, nesta quarta-feira, a dedicar todos os seus esforços para dar um novo alento à economia de seu país, que já é a segunda do mundo, e prometeu manter a política de Obuchi, que tinha lançado uma campanha para tirar o país da recessao.

Pouco depois de sua eleiçao, nesta quarta-feira, pela Dieta (Parlamento), as primeiras palavras do chefe do Governo do Japao foram para referir-se à tao prometida e esperada reativaçao econômica, que os habitantes do arquipélago aguardam após dez anos de instabilidade.

``Minha maior responsabilidade é garantir a recuperaçao. Farei o melhor que puder para colocar a economia japonesa, que parece finalmente tomar uma boa direçao, no caminho de um crescimento estável'. declarou Mori, 62 anos.

A Bolsa de Tóquio perdeu 0,6% nesta quarta-feira, mas essencialmente devido ao retrocesso dos valores relacionados com a alta tecnologia, frágeis na praça de Nova York na terça-feira. O iene se manteve estável, em torno dos 105 ienes por um dólar.

``A diferença entre Obuchi e Mori é praticamente imperceptível. Provavelmente vai continuar a mesma política', disse James Malcolm, economista da JP Morgan.

Essa política tem consistido, desde o surgimento da crise especulativa em 1992, em injetar recursos em massa na economia, principalmente através de grandes projetos de obras públicas.

O resultado nao foi muito espetacular, considerando que o Governo só previu um crescimento de 0,6% para o exercício que terminou em março, depois de três anos de crescimento zero ou negativo, e conta com 1% para o próximo.

``Mori tem uma longa experiência ministerial. Possui grande capacidade e talento, é a pessoa ideal para suceder a Obuchi', declarou Hiroshi Okuda, o influente presidente da Toyota.

A economia começa a emergir da crise, mas está ainda ``em uma posiçao delicada. O novo governo deverá decidir reformas estruturais e fazer o melhor que puder para construir um Japao renascente', adiantou Okuda.

O presidente da Câmara de Comércio e de Indústria, Kosaku Inaba, disse por sua parte que ``em uma situaçao de emergência como a que vivemos, a estabilidade do governo é uma prioridade. Mori é em conseqüência a pessoa apropriada, tendo em conta sua carreira política e suas qualidades de coordenador'.




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