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Trabalhadores da Toyota aceitam suspensão temporária dos contratos

Em votação on-line, 850 metalúrgicos da empresa se posicionaram a favor

Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
11/04/2020 | 00:01
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Fotos Públicas


Os metalúrgicos da Toyota, montadora com unidade em São Bernardo, votaram a favor a proposta de redução temporária de contrato de trabalho. A votação foi on-line, por meio do site do SMABC (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC). Dos votantes, 97% aceitaram as medidas.

A suspensão tem como base a MP (Medida Provisória) 936, anunciada na última semana pelo governo federal e que prevê que as empresas tenham possibilidade de reduzir até 25% no valor dos salários, enquanto os contratos de trabalho são pausados.

A Toyota possui 1.193 trabalhadores na unidade de São Bernardo, responsável pela produção de peças e reposição de motores, além de também concentrar o setor administrativo e centro de engenharia da empresa. No total, 850 colaboradores que participaram da votação aceitaram a proposta, o que correspondeu a 97% do montante. Já, 27 rejeitaram.

De acordo com informações do sindicato, os trabalhadores que possuem remuneração mensal até R$ 3.115 não terão redução salarial e continuam a receber 100% do valor. Já para quem ganha até R$ 7.000, a diminuição será de 5%.

Para os funcionários que recebem entre R$ 7.000,01 e R$ 9.000, o desconto será de 10%, e para os que ganham entre R$ 9.000,01 e R$ 10 mil, a queda é de 15%. A partir desta faixa, quem ganha até R$ 25 mil, recebe 20% a menos e, acima disso, tem o desconto de 25%. Inicialmente, o programa será aplicado por 60 dias.

De acordo com o presidente do sindicato, Wagner Santa, o Wagnão, outras empresas menores da cadeia automotiva também solicitaram a suspensão temporária dos contratos. Dentre elas está a metalúrgica Delga, que produz peças estampadas em aço para a indústria automotiva localizada em Diadema e que possui 606 trabalhadores, e a autopeças Kostal, em São Bernardo, com 298 funcionários. Hoje, é a vez dos 140 colaboradores da sistemista SM, fornecedora da Volkswagen.

Dentre as cinco montadoras da região, a GM (General Motors). em São Caetano, foi a primeira a adotar a medida com base na MP. As demais seguem paralisadas, mas utilizando férias coletivas.  




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