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Membro de seita é condenado à morte no Japao
Do Diário do Grande ABC
29/06/2000 | 10:37
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Yasuo Hayashi, a ``máquina de matar' da antiga seita Aum, foi condenado à morte esta quinta-feira por ter sido um dos principais executantes do atentado com gás sarín no metrô de Tóquio em 1995, no qual morreram 12 pessoas.

``Foi condenado à morte como tinha pedido a promotoria pública' em dezembro do ano passado, informou um porta-voz do tribunal do distrito de Tóquio. No Japao, a pena capital é aplicada por enforcamento.

Hayashi ``tem uma responsabilidade extremamente grave como executante dos crimes da seita e nao pode escapar da pena capital', declarou o juiz Kiyoshi Kimura.

O condenado, de 42 anos, fazia parte do grupo de cinco membros da seita que espalhou o mortal gás sarín no metrô no dia 20 de março de 1995, intoxicando e ferindo milhares de pessoas e matando doze. O atentado causou uma profunda comoçao no Japao.

O acusado escutou serenamente a sentença, segundo o canal de televisao NHK. Hayashi foi um dos membros fundadores da Aum Shinrikyo (Aum Verdade Suprema). Considerado como um fiel seguidor do guru Soko Asahara e membro da seçao ``ciência e tecnologia' da seita, apresentou-se como voluntário para colocar três sacolas de plástico cheias de sarín em um vagao do metrô.

Oito das doze pessoas que morreram no atentado estavam no vagao em que ele deixou as sacolas em questao, furando-as no último momento com a ponta de um guarda-chuva.

Seus advogados organizaram a defesa alegando que o acusado nao sabia dos perigos do sarín e que se limitou a obedecer às ordens da seita. Mas o juiz Kimura assinalou que Hyashi levava mais sacolas que os outros, que estava ``muito seguro de si mesmo' e ``merecia uma condenaçao severa'.

Dois meses depois do acidente, a polícia iniciou a busca de Hayashi, mas só conseguiu capturá-lo em dezembro de 1996 na ilha de Okinawa (Sul), onde estava escondido. Durante sua fuga, a imprensa o apelidou de ``a máquina de matar'. ``Observando objetivamente as coisas, era isto exatamente o que fazia', reconheceu ele mesmo no tribunal em 1998.

Hayashi foi declarado também culpado de tentativa de assassinado pelo frustrado atentado com cianureto na estaçao ferroviária de Shinjuku, em maio de 1995, e de cumplicidade de assassinato por um primeiro atentado com sarín, em junho de 1994 em Matsumoto, que causou sete mortos.




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