Setecidades Titulo Saúde
Obra na maternidade do Nardini só será retomada em 2019

Paralisada desde o início do ano, intervenção deveria ter sido concluída há 17 meses

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
27/09/2018 | 07:00
Compartilhar notícia
Claudinei Plaza/DGABC


 A readequação da maternidade do Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini, em Mauá, paralisada desde o início do ano, só deverá ser retomada em janeiro de 2019. O prazo para recomeço dos trabalhos, iniciados em meados de 2015, foi revelado nesta semana pela administração municipal, chefiada pelo prefeito Atila Jacomussi (PSB), após o Paço mauaense publicar edital para seleção da empresa que ficará responsável pelas obras remanescentes.

O processo licitatório, que deverá ser finalizado até o fim deste ano, segundo a Prefeitura, visa retomar todas as fases da reforma – que deveria ter sido concluída em abril de 2017. No entanto, em janeiro deste ano os trabalhos foram abandonados pela empreiteira contratada – B&B Engenharia e Construções Ltda.

O espaço, que está isolado há pelo menos três anos, chegou a receber, no mês passado, vistoria de integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga irregularidades em contratos das prefeituras paulistas com OSs (Organizações Sociais) de Saúde. Na oportunidade, deputados estaduais chegaram a encontrar pomba morta no pavimento. Em sala ao lado, caixas de medicamentos vencidos, em meio a equipamentos hospitalares e mobiliários abandonados, foram localizados.

As intervenções, que visam otimizar o uso dos espaços do equipamento de Saúde e dar qualidade ao atendimento, deverão beneficiar diretamente moradores de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, o que compreende cerca de 600 mil habitantes.

A estimativa é a de que esta etapa de obras remanescentes consuma cerca de R$ 2,2 milhões dos R$ 5,6 milhões previstos inicialmente, sendo R$ 5,3 milhões do governo federal e contrapartida municipal de cerca de R$ 326 mil.

A readequação do equipamento de Saúde permitirá que o setor de maternidade tenha 19 leitos de pré-parto, parto e pós-parto, sendo dez deles como centro de parto normal, dez leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal, 15 leitos de cuidados intermediários e cinco na unidade mamãe canguru. A revitalização também prevê novo centro obstétrico.

O projeto de reforma estabelece a realização de manutenção de áreas de apoio do pavimento, como copas, vestiários, expurgos, espaço de repouso médico, assim como melhoria do setor de enfermagem, dos leitos, e do centro cirúrgico.

A previsão é a de que a maternidade seja entregue num prazo de 12 meses após o início dos trabalhos, segundo a Prefeitura de Mauá.

Enquanto isso, a população reclama dos transtornos causados pelas obras e também do atendimento prestado pela unidade de Saúde. “Essa obra parece que está aí há uns 300 anos. Nunca acaba”, conta o caminhoneiro Alberto Rodrigues, 66 anos. que estava acompanhando, ontem, sua filha numa consulta de emergência. “A população não pode ter equipamento deste com serviços restritos”, considera.

Já a dona de casa Lourdes Alencar, 48, revela que a qualidade do atendimento tem caído desde o início da reforma. “Os funcionários são ótimos, não tenho o que reclamar, mas o hospital não tem estrutura suficiente, principalmente com alas fechadas.”




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;