Na época, segundo especialistas, o negócio era muito arriscado porque o investidor não tinha controle sobre o que a Boi Gordo fazia ou até mesmo se tinha os animais no pasto. A pecuária rendia, em média, 15% ao ano.
O caso é considerado o maior processo desse tipo no Brasil e se arrasta desde outubro de 2001, quando a Boi Gordo entrou com pedido de concordata na Justiça de Comodoro, em Mato Grosso, apesar de ter sede no bairro de Higienópolis, em São Paulo.
No despacho, a juíza Márcia Cardoso, da 1ª Vara Cível, afirma que a companhia agiu como DTVM (Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários) ao colocar CICs no mercado. Dessa forma, a Boi Gordo estaria sujeita às regras do Banco Central e não poderia pedir concordata, mas somente a sua liquidação.
A juíza nomeou o advogado Gustavo Sauer Arruda Pinto para síndico da massa falida. Mas o advogado Marcelo Thiollier, da Global Brasil, que reúne o maior grupo de credores, de cerca de R$ 90 milhões, informou que vai recorrer. 'Somos o maior grupo de credores e a lei nos dá o direito de indicar o síndico', explicou o advogado.
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