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Projeto incentiva raciocínio lógico na escola

Pesquisador norte-americano avalia programa presente em 76 unidades de ensino da rede

Bia Moço
Especial para o Diário
10/10/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 Programa que já está há sete anos na rede municipal de São Bernardo passou ontem por avaliação do pesquisador do MIT Media Lab (Laboratório de Mídias do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos), Andrew Sliwinski. Ele foi pessoalmente conhecer as propostas desenvolvidas por cinco escolas da cidade no uso do Scratch, que aborda a linguagem computacional na Educação Básica, usando a programação em blocos.
O norte-americano explicou que o novo modelo de aprendizagem ajuda os pequenos a solucionar problemas sem respostas prontas. A ação ajuda a desenvolver questões cognitivas, como, por exemplo, os raciocínios matemático, lógico e ágil. “O Scratch é um programa em que o aluno pode fazer, compartilhar e executar projetos. É possível ter crianças capazes de criar a tecnologia, e não apenas consultar”, diz Sliwinski.
Diretor de design e engenharia do Scratch, o pesquisador tinha por objetivo conhecer a forma como os professores aplicam o recurso, de que forma os alunos têm se desenvolvido e que precisa ser melhorado. Embora tenha ficado maravilhado – como descreveu após a visita –, ele volta aos Estados Unidos levando sugestões que podem ser acrescentadas na nova versão do programa, mais atualizado, e que vai atender às demandas apontadas. O encontro foi na Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) José Luiz Jucá, no bairro Montanhão. No município, 76 escolas do Ensino Fundamental trabalham o modelo. Ao todo, o município conta com 102 instituições na rede.
“Todas as escolas públicas acabam tendo problemas com verba, e não é possível ter todos os recursos, pois alguns são pagos. No entanto, o recurso mais importante é o humano. Integração, formação e envolvimento, e vi que aqui isso tem de sobra”, falou Sliwinski.
O pesquisador explicou que a maior parte dos países se interessa pelo sistema, mas por motivos errados, como, por exemplo, criar trabalho e ensinar a criar programação para uso econômico, o que não é o ponto. “Eu vejo a programação como uma alfabetização do mundo novo, e isso é muito importante. Pelo que vi aqui, entenderam esse ponto, pegaram o espírito da coisa.”




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