Em Santo André, o vereador Fernando Gomes (PFL) apresentou em março um projeto para acabar com as votações secretas, mas a proposta ainda está em trâmite pelas comissões permanentes da Casa e não tem data para ser votada. A vontade dos parlamentares é tanta que o fato gerou até uma briga pela autoria da proposta. O PT afirma que o projeto era seu, e alega que o pefelista se antecipou e apresentou a proposta enquanto a idéia era debatida pela bancada.

Em São Bernardo e Diadema, não há voto secreto, mas sessões fechadas à população. Apesar de nunca terem utilizado esse artifício para tentarem manter o sigilo das votações, os dois legislativos também esperam acabar com esse tipo de sessão.

Os escândalos no Senado foi o que motivou o presidente da Câmara de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), a apresentar o projeto para o fim das sessões secretas. Maninho espera que sua proposta seja assinada pelos outros 20 vereadores do município.

O vereador Gilberto Giba Marson (PV) apresentou a proposta em São Bernardo por entender que as sessões secretas passam a imagem de que algo está sendo feito escondido, às escuras.

Os petistas de São Caetano também querem o fim do voto secreto no município, mas ainda precisarão convencer os demais parlamentares da bancada de sustentação ao prefeito Luiz Tortorello (PTB). Para tramitar no Legislativo, o projeto precisa da assinatura de sete vereadores, mas até o momento apenas os três petistas assinaram a proposta. No entanto, a líder do partido, vereadora Vera Severiano, acredita que não será complicado consegui-las. "Senti que os vereadores estão vendo o projeto com bons olhos”, disse.

O vereador Manoel Lopes (PFL) apresentou a proposta em Mauá. Para ele, as votações abertas permitem que a população saiba exatamente como funciona o processo parlamentar no município e como seu vereador vota.

Rio Grande da Serra utiliza voto secreto apenas para a eleição da Mesa Diretora da Casa. O presidente da Câmara, Adler Teixeira, o Kiko (PSDB), afirmou que ainda não há projeto para deixar todas as votações da Casa abertas. No entanto, Kiko disse que a proposta ainda será discutida pelos parlamentares e que esse fato não prejudica a população, já que as principais votações não são mais secretas.