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Vai cair o preço do seguro de carro?
Por Wilson Marini
Da APJ
01/12/2014 | 07:00
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O índice de roubo de carros está em queda há cinco meses no Estado de São Paulo. A se consolidar essa tendência, a Secretaria Estadual de Segurança Pública aposta que em algum momento, possivelmente em 2015, as seguradoras serão compelidas a reduzir os patamares dos preços dos seguros, pela primeira vez nos últimos anos, o que é outra boa notícia. Os preços dos seguros obedecem à lei do risco da cobertura. Menos roubos, mais barata a apólice. O Estado de São Paulo é responsável por cerca de 40% do mercado de seguros de veículos no País. O secretário Fernando Grella atribui a redução dos roubos de veículos à Lei dos Desmanches, promulgada em janeiro pelo governador Alckmin e regulamentada em portaria de junho. Grella anunciou a lei em entrevista exclusiva à Rede APJ (Associação Paulista de Jornais) ainda em 2013. Como efeito, em setembro último, por exemplo, a polícia vistoriou 42 estabelecimentos que comercializam peças de veículos na região de Araçatuba e 16 foram interditados. Ao todo no Estado, foram fechados 385 desmanches irregulares de um total de 707 fiscalizados. São estes os índices negativos de roubos de automóveis (média estadual): junho: -2,6%; julho: -11,2%; agosto: -10,9%; setembro: -9,4; outubro: -11,1%. Furtos: junho: -2,5%; julho: -0,5%; agosto: -0,5%; setembro: +3,5%; e outubro: -1,2%. O jornal O Estado de S.Paulo calcula que cerca de 100 mil veículos são desmontados todos os anos somente na Capital e 10% dos locais são clandestinos.

Flexibilização
O pulo do gato na queda dos roubos de carros é o controle fiscal sobre o setor. Os desmanches devem ser cadastrados no Detran e Secretaria da Fazenda e as peças são identificadas e devem ser acompanhadas de nota fiscal. Aqui cabe mais uma vez a ponderação. A redução de players no mercado de fato colabora para afastar atividades criminosas, mas ao mesmo tempo concentra os negócios em poucas empresas e afasta dos leilões o cidadão comum que deseja “garibar” o seu carrinho. As pessoas físicas de boa-fé estão impedidas de participar dos leilões de sucatas, conforme já exposto nesta coluna semana passada. Alguém pode explicar o porquê?

Novo bloco parlamentar
Quatro partidos de média expressão se uniram na sexta-feira em São Paulo para criar um bloco parlamentar na Assembleia Legislativa. As bancadas do PV, PSB, PPS e PR passarão a atuar em conjunto com seus 15 parlamentares. É a maior novidade política no Estado depois da eleição de outubro. A Assembleia Legislativa vai renovar 30% das cadeiras. Na nova legislatura, que começa em março, o bloco passará a contar com 18 deputados estaduais e com isso terá mais força que a segunda maior bancada partidária, o PT, reduzida nas urnas dos atuais 22 para 14 parlamentares por conta da queda de votos petistas no pleito no Estado. A maioria dos deputados estaduais continuará situacionista, de apoio ao governo estadual. O PSDB terá 22 parlamentares.

Novo bloco parlamentar – 2
A formação do bloco foi costurada a partir da iniciativa das bancadas federais dos quatro partidos no Congresso Nacional. São Paulo seria o primeiro Estado a formalizar o bloco e poderia irradiar o modelo a municípios e Estados com reflexos no Congresso Nacional em Brasília. O coordenador do bloco é o deputado Chico Sardeli (PV). Na eleição presidencial, PV, PSB e PPS marcharam no primeiro turno com Marina Silva e, no segundo, com Aécio Neves. Já o PR ficou com Dilma. Em São Paulo, os quatro partidos fazem parte da base de apoio do governador Alckmin.

Presídios no Interior
A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa decidiu convidar o secretário estadual da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, para falar sobre os critérios de ampliação de vagas no sistema prisional em cidades como Bauru, soluções para o problema e possível compensação para os municípios envolvidos. O deputado Pedro Tobias (PSDB) lembrou que o governo do Estado “impõe presídios às cidades, que têm de arcar com contrapartidas diversas, como do sistema de Saúde”. A colega tucana Analice Fernandes reforçou que diversos municípios “sofrem com o problema”. O debate pode render.

A importância de doar sangue
As doações de sangue no Brasil devem chegar este ano a 3,4 milhões, pouco mais do que foi alcançado em 2013, 3,3 milhões. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que de 1% a 3% da população devem doar sangue. Para a manutenção dos estoques, a rede de Saúde tem mobilizado a população com campanhas publicitárias, estratégias para o aumento das doações e melhor qualificação dos estoques. A idade mínima para doar é 16 anos e a máxima, 69. Agora é obrigatório o teste do NAT, garantindo a redução da janela imunológica para a detecção de HIV e hepatite tipo C, e com isso a oferta tem maior grau de segurança em transfusões. A doação de sangue é importante para os portadores de doenças falciforme e de caráter genético onde gene consegue alterar os glóbulos vermelhos do sangue.




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