Quantos policiais deixariam de morrer todo ano se quem os matou estivesse atrás das grades de um presídio? Duvido que não tenham, todos, longo prontuário de ocorrências, intimações, prisões e condenações a certificar sua disposição de viver fora da lei. Ninguém inaugura sua vida criminosa matando policiais. Só que nenhum daqueles eventos teve o tratamento necessário para assegurar a proteção da sociedade. Com raras, raríssimas exceções, todos foram conduzidos, pelas instituições, de modo a favorecer o transgressor.
Convivem, aqui, altos índices de criminalidade e tolerância institucional para com os criminosos. Indivíduos perigosos passeiam impunes por nossas ruas e estradas, vivendo de violações e gerando insegurança. Na longa lista de preceitos protetivos que o engenho humano possa conceber para livrar a pele de bandidos, nada há que nossa legislação, nossos ritos, usos e costumes não consagrem.
Às normas tolerantes, pusilânimes face ao crime, mas inclementes com a sociedade, muitos se juntam para tornar folgada a vida dos bandidos. Tudo fazem para que tais atividades não tragam sobressaltos, riscos e cárcere a quem escolher a vida criminosa. Entre outros, verdadeira multidão de legisladores, magistrados, professores de Direito, promotores, defensores, advogados, sociólogos, assistentes sociais, políticos e religiosos – corações moles como merengue da vovó – tagarelando sobre uma nova humanidade e uma nova sociedade, convergem esforços para obter esse efeito.
“Mas são pobres!”, dirá o leitor, penalizado, da dura situação de tais criminosos. Pobres? Pobre é aquele brasileiro, magro como a fome, arquejado em seu labor de papeleiro, tracionando uma carroça pesada, com tanto papel e papelão que seu excesso lateral obstruía parte da outra pista. Aquele sim é pobre. Não me venham falar em pobreza, infância sofrida, de quem importa toneladas de maconha, rouba cargas de caminhões, assalta bancos e explode carros-fortes.
No topo da luta por um direito penal folgazão, que não dê nada e não atrapalhe os negócios, estão os poderosos da corrupção ativa e passiva, custodiados por caríssimos advogados. No topo da luta por um direito penal folgazão, camarada, estão muitos membros do Congresso Nacional, que têm frêmitos de ódio e temor da Lava Jato e que se juntam a qualquer bandido se for para tirar Sergio Moro da cena. Um fio de esperança que rompe o fio da decência. Esses não têm por hábito atirar na polícia, mas disparam as armas da injúria e da calúnia, assassinam reputações e têm responsabilidade direta sobre as leis penais e processuais que não mudam. No topo da luta estão os garantistas do STF, sustentando princípios que os bandidos invocam e a cuja sombra lavam seu dinheiro.
Percival Puggina é membro da Academia Rio-Grandense de Letras, arquiteto, empresário e escritor.
Espaço Matarazzo
Prefeito José Aurichio Júnior, chama atenção a transformação urbanística do Espaço Cerâmica, ponto turístico da cidade. É sabido que o Sr. é leitor deste Diário, tanto que prestou homenagem a esse conceituado jornal. Escrevi na Palavra do Leitor por várias vezes, tornando-me até redundante, sobre como gostaria de ver o Espaço Matarazzo reurbanizado, aprazível. Sei também do comprometimento do solo por meio de laudos da Cetesb. Caro prefeito, há esperança para o Espaço Matarazzo tornar-se o maior parque público da nossa região? Ou então um novo Espaço Cerâmica? Como grande gestor por três mandatos, torne a cidade ainda mais bela. Obrigado, Dr. José Aurichio Júnior, homem público que levará consigo esta grande obra, presente para a região.
Ronaldo Duran
São Caetano
Do contra
Contra o colégio eleitoral que elegeu Tancredo Neves, contra Sarney, planos Cruzado 1 e 2, contra a Constituição de 1988, contra Collor, planos Collor 1 e 2, contra Itamar Franco, contra o Plano Real (que fez 25 anos no dia 1º de julho), sem o qual o Brasil hoje seria a ‘Brazuela’, contra FHC, que era ministro de Itamar, contra a reeleição (que usaram duas vezes), contra a CPMF (choram até hoje pelo fim), contra a quebra da reserva de mercado da informática, contra a importação de carros. Resumo da ópera: se ‘nós é contra’ pode assinar embaixo que é bom para o Brasil.
Paride Pellicciotta
Santo André
Tabata Amaral
O PDT, de maneira irresponsável e impatriótica, suspendeu os direitos políticos partidários da deputada federal Tabata Amaral, a sexta deputada federal mais votada do Estado de São Paulo, com 264.450 votos, por ter contrariado a posição do partido que mandava votar contra a reforma da Previdência (Política, dia 18). Ela não concordou e votou pela reforma, pelo Brasil, pelo bem e de acordo com a vontade do povo brasileiro, e agora o partido, de maneira impatriótica e autoritária, pune-a pelo fato de ter sido um bom exemplo a todos os brasileiros e principalmente a esse partido de tendência autoritária. Espero que a justiça brasileira não a desampare e valha o bom senso em sua defesa.
Benone Augusto de Paiva
Capital
Resposta
Em relação à leitora Tania de Morais Silva (IAPI, dia 22), o Semasa informa que o conjunto habitacional é abastecido pelo reservatório Gonzaga Zona Alta, que por sua vez recebe água do sistema Rio Claro, da Sabesp. A única ocorrência que atingiu o setor nas últimas semanas foi a interrupção do fornecimento de água pelo sistema Rio Claro, no dia 19/7, por causa de uma falha na Estação Elevatória do Sapopemba, também da Sabesp. Vale lembrar que, diariamente, as bombas do reservatório são desligadas entre 20h30 e 5h, dentro do horário sazonal, medida rotineira e importante para manter adequadas as pressões de água na rede e evitar vazamentos.
Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André
Gás
É, no planeta, um dos mais caros ao consumidor brasileiro o valor do gás devido a Lula. Lá atrás, em fevereiro de 2007, para favorecer Evo Morales, seu amigo presidente da Bolívia, elevou de US$ 1,09 por milhão de BTU (medida térmica britânica) para US$ 4,20, reajuste de 285%, com a intermediação de Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, por considerar injusto e desatualizado o valor de US$ 1,09. Mesmo assim tem gente que considera Lula o pai dos pobres.
Humberto Schuwartz Soares
Vila Velha (ES)
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