A USCS (Universidade Municipal de São Caetano) faz estudo financeiro para oferecer gratuidade na grade de seus cursos já no segundo semestre. Promessa de campanha do prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), de garantir bolsas de 100% na entidade a munícipes teria de ser subsidiada pela Prefeitura para ser viabilizada.

Reitor da entidade, Marcos Sidnei Bassi afirma que o empenho é para identificar o custo da proposta e negociar com o setor financeiro do Palácio da Cerâmica. “Isso obviamente vai ter custo. Precisamos sentar com a área técnica de Finanças da Prefeitura e ver quanto vai custar e até quanto eles estarão dispostos a colocar neste projeto. Vamos correr com os estudos e tentar terminar até o fim de janeiro”, comenta Bassi. A primeira avaliação da direção da universidade é a de que o impacto seria de R$ 13 milhões.

Os cursos de EAD (Ensino a Distância) – Administração e Pedagogia serão inaugurados em março – integrarão primeiro o pacote de gratuidade previsto pelo prefeito. “Pode ser uma possibilidade. O EAD é mais barato e vai ajudar a compor esse pacote da Prefeitura”, estima o reitor.

Entre as questões levantadas pelo estudo está a triagem dos munícipes que serão atendidos. “Uma coisa eu posso adiantar: vai ter critério, que me parece muito justo, uma questão de cota social. Se não tiver, fica aquela coisa da demanda infinita. Se eu falo que é de graça, todo mundo quer fazer e vira ciclo que não é positivo. Vamos ter de fazer corte social, de renda”, adianta Bassi. Todos os interessados terão de passar obrigatoriamente por vestibular.

A avaliação da USCS também prevê contrato de reciprocidade entre os bolsistas do programa. A intenção é a de que o aluno preste serviços em setores públicos com horas calculadas de acordo com a porcentagem do benefício concedido.

“Se não tiver (compensação) não é muito bom. De alguma forma o aluno que for contemplado com essa bolsa terá de dar contrapartida. Não sei como nem o formato ainda. Será algum tipo trabalho para quem ganha 100% de desconto, uma contrapartida mais efetiva. Aquele que ganha 50% poderá ajudar aos fins de semana na Prefeitura. Temos de pensar em solução integrada”, externa o reitor.