Não foi nenhuma Brastemp. Mas a Seleção Brasileira mereceu ganhar o Superclássico das Américas. Foi melhor do que a Argentina e teve mais vontade e chances de gols.

Há de se reconhecer a falta de entrosamento dos jogadores, muitos deles convocados pela primeira vez e as deficiências habituais que estamos cansados de comentar. Mas alguns atletas se destacaram e aproveitaram a chance oferecida por Mano Menezes, especialmente Lucas, Neymar e Bruno Cortês, que deixaram ótima impressão.

O técnico do Brasil insiste em dizer que estamos numa fase de mudanças. E para isso é necessário ter calma. Mas pela primeira vez ele reconheceu em Belém que mesmo assim precisa ganhar jogos, porque o torcedor é imediatista.

Jogamos contra a terceira classe do futebol argentino. Mas não devemos desmerecer a conquista. Porque senão vão dizer que se perdesse seria para bêbado. Mas ninguém discute que empurramos mesmo o bêbado na ladeira.

CHANCE DE OURO - O São Paulo tem oscilado neste Brasileiro. Mas disputa a ponta da tabela e é um dos candidatos ao título. A volta de Luís Fabiano domingo é o maior reforço de uma equipe nesta competição.

Nem Adriano, que continua gordo, mas deve antecipar a sua estreia, representará em técnica e importância a mesma coisa que Luís Fabiano.

É justamente esse o grande trunfo do São Paulo. Enquanto os outros times que estão brigando pelo título não conseguirão mais reforçar os seus elencos, Luís Fabiano é uma aquisição e tanto para o Tricolor.

CRESCIMENTO CARIOCA - A boa notícia que nos mostra o Rio de Janeiro é o sucesso do seu futebol. Berço de craques que foram fundamentais em diversas conquistas mundiais do futebol brasileiro, não era concebível que o Estado estivesse tão em baixa nos últimos tempos.

Flamengo e Fluminense, campeões em 2009 e 2010 comprovam que a mentalidade e ações administrativas mudaram. Vasco e Botafogo disputam o título com chances reais neste ano. Flamengo e Fluminense brigam por fora.

Esses fatos são excelentes para o futebol brasileiro e só não concordam com isso aqueles retrógrados que dão importância para regionalismos que não somam em nada.