O Santo André descobriu um dos vilões da derrota de sexta-feira, no estádio Bruno Daniel, diante do Grêmio (1 a 0), na abertura da segunda fase da Série B do Campeonato Brasileiro: o árbitro Cléber Assunção Gonçalves (MG). O técnico Sérgio Soares acusou o juiz de amarrar o time do Grande ABC. “Não diria que ele roubou. Seria uma palavra exagerada. Só que ele praticamente truncou os movimentos de nossa equipe. Aplicou critérios desiguais. Meus jogadores encostavam nos adversários e a falta já era marcada. Ficou bem claro que a camisa do Grêmio influiu”, disse.

Sérgio Soares estava tão irritado que sugeriu ao presidente Jairo Livolis que reclame na CBF contra o que aconteceu na primeira rodada pela semifinal da Segundona. “Não diria que o rapaz é ruim. Ele me pareceu mal-intencionado. Neste momento é preciso que a CBF escale juízes de primeiro escalação. A gente não pode prejudicar todo um trabalho”, desabafa.

Livolis disse que compreende a revolta do treinador, mas avisou que não pretende levar o caso à CBF. A exemplo de Sérgio Soares, o dirigente acusa o árbitro de prejudicar o Santo André. “Se isso (protesto) adiantasse, o Corinthians, o São Paulo, o Palmeiras e o Santos nunca teriam problemas no item arbitragens. Até os grandes, reparem, são vítimas disso”, exemplifica.

Apesar de tudo, Livolis e Sérgio Soares concordam num ponto: o Santo André desperdiçou chances que teriam, em circunstâncias normais, alterado a história do placar. Ambos não citaram nomes, mas o matador Rodrigão – sem ritmo, voltava de complicadas cirurgias no pulso – perdeu dois gols na pequena área, debaixo da trave. “Outra coisa: tomamos um gol (o único do Grêmio) numa falha de marcação. O homem da sobra se descuidou do Ricardinho... A gente fala do juiz, mas vamos assumir que erramos. Agora, é levantar a cabeça e provar que temos condições de ganhar as duas lá fora (Santa Cruz, sábado, às 16h, em Recife, além do Avaí, no dia 1º de outubro, na Ressacada) para depois decidir a vaga em casa”, supõe.