Veículos novos nas ruas é o que não falta. O mês de novembro encerrou com o emplacamento de 235.356 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O número representa crescimento de 28,8% sobre novembro de 2006. Em relação a outubro, a variação caiu 3,7% somente porque novembro possui dois dias úteis a menos.

Segundo dados da Fenabrave (federação que representa as revendedoras) divulgados nesta terça-feira, de janeiro a novembro foram comercializadas 2.218.010 unidades – expansão do mercado de 28,7% sobre 2006. “É um crescimento recorde, equivale a quase uma Argentina”, afirma o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze.

De acordo com os concessionários do Grande ABC, as vendas têm se mantido em crescimento durante todos os meses, o que significa que neste mês não será diferente.

“Dezembro vai ser tão bom quanto novembro. É uma escada: cada mês é um degrau. E esse movimento ainda não parou”, analisa o gerente de vendas da Viamar Pereira Barreto (São Bernardo), Fernando Franco Franulovic.

Apesar da comemoração do setor pelo sucesso das remessas, estimuladas pelos financiamentos, Reze critica a infra-estrutura do País. Segundo ele, as vendas de veículos não acompanham a capacidade das vias de transporte.

“Para o ano que vem não vejo problema de abastecimento pelas montadoras. O problema está na falta de investimentos nas vias terrestres”, diz Reze.

Pagamento - No segmento de automóveis, os financiamentos por CDC (Crédito Direto ao Consumidor) representaram 26,54% dos negócios fechados, segundo a Fenabrave. Já por leasing representou 30,45%. Somente 1,71% foram feitos por reserva de domínio, ou seja, quando a concessionária faz o financiamento.Contraste - O comportamento do mercado de caminhões é diferente. Das vendas efetuadas, 51,79% foram por meio de CDC e 28,99% por leasing. Sobre as vendas de veículos de forma geral, os financiamentos por CDC representaram 38,7% do negócio e o leasing, 21,47%.