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Sem acordo, metalúrgico pode voltar a parar Volks
Eric Fujita
Do Diário do Grande ABC
29/09/2005 | 08:20
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Sem conseguir acordo sobre PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) para este ano, os funcionários da Volkswagen, de São Bernardo, ameaçam retomar nesta quinta-feira uma série de paralisações na fábrica. O movimento deverá recomeçar em razão de persistir o impasse nas negociações entre montadora e categoria sobre o benefício, mesmo após 16 horas de uma reunião de negociação em duas partes, iniciada na terça-feira e concluída quarta-feira.

O reinício do movimento será decidido em assembléia programada para as 15h de quinta-feira na Volkswagen. A expectativa é que aproximadamente 9 mil trabalhadores do primeiro e segundo turnos aprovem uma nova mobilização, como prevê o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (ligado à CUT).

A retomada das paralisações está sendo organizada porque não houve avanços na negociação iniciada às 14h de terça-feira e suspensas às 2h de quarta-feira. Nesse período, a montadora chegou a ampliar sua proposta, para um teto máximo de R$ 4,6 mil de PLR. Antes, a empresa oferecia até R$ 4,4 mil, de acordo com o total de carros produzidos neste ano.

No entanto, a nova proposta foi recusada pelos sindicalistas na mesa de negociação. O sindicato pede participação de R$ 5,5 mil sem cumprimento de metas. A primeira parcela da PLR, de R$ 2 mil, já foi paga em abril.

As conversações foram reabertas às 15h de quarta-feira mas se encerraram às 19h, sem acordo, explicou o coordenador da Comissão de Fábrica em São Bernardo e um dos negociadores, Valdir Freire Dias, o Chalita. A Volkswagen informou que não vai se manifestar enquanto durarem as negociações.

"Mesmo com essa ampliação, a proposta é muito baixa e fica abaixo das expectativas da categoria", disse Chalita. No ano passado, a Volks pagou R$ 4,2 mil de PLR para os 12,4 mil funcionários de São Bernardo.

Se aprovadas, as paralisações deverão recomeçar seis dias depois da primeira suspensão das atividades devido ao impasse sobre a PLR. A primeira parada ocorreu na última sexta e durou todo o dia. Nesse dia, 950 carros deixaram de ser produzidos.

Daimler – Cerca de 2,5 mil funcionários do setor administrativo e da produção da DaimlerChrysler (fabricante de caminhões e ônibus Mercedes-Benz), de São Bernardo, aprovaram quarta-feira a prorrogação por mais seis meses do contrato de trabalho de 686 funcionários temporários da produção. Um acordo prevendo essa medida foi assinado quarta-feira entre empresa e sindicato. Funcionários de outros dois turnos já tinham aprovado a prorrogação terça-feira. A montadora apenas confirmou a renovação do contrato, que venceria em outubro. Com a iniciativa, esse contingente ficará até 10 de abril na fábrica.




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