Política Titulo Suborno e roubo
Polícia investiga denúncia
de propina em Diadema

Jardineiro acusa funcionários da Prefeitura de
pedir R$ 900 de suborno e roubar um celular

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
27/07/2013 | 07:08
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Claudinei Plaza/DGABC


Policiais civis investigam acusação do jardineiro Raimundo Evangelista Rocha, 43 anos, a dois fiscais da Prefeitura de Diadema, que teriam cobrado R$ 900 de propina de seus filhos Railan Dourado Rocha e Kauan Martins dos Santos Rocha, que executavam serviço em residência no Jardim Campanário. Os funcionários também foram denunciados por roubo de celular.

Segundo o jardineiro, na terça-feira, dois guardas-civis municipais interpelaram seus filhos, que tinham terminado serviço de jardinagem em uma casa na Rua Luiz Merenda e estavam recolhendo os galhos de árvores em uma caçamba.

Os guardas pediram a documentação deles. Railan, 20 anos, dirigia a picape Corsa branca sem habilitação e, segundo relatou Rocha, os oficiais retornaram à viatura e pediram para que seus filhos aguardassem. Quarenta minutos depois, dois fiscais da Prefeitura apareceram no local.

De acordo com o jardineiro, os fiscais (uma chamada Valéria do Nascimento e outro não identificado, segundo o BO) tentaram apreender o veículo por falta de documentação, além de enquadrar Railan e Kauan por descarte de resíduos em via pública. Foi quando recebeu a ligação de seus filhos.

“Quando cheguei lá, já sabia do que se tratava. Já tinha sofrido pressão dela (Valéria) outras vezes”, contou Rocha. “Ela queria cobrar R$ 450 (de propina). Mas, como o caso seria enquadrado em duas secretarias, estava pedindo R$ 900 para deixar tudo para lá.”

O jardineiro afirmou que, então, decidiu gravar a movimentação da fiscal no celular “porque estava cansado de ser ameaçado”. “Ela (Valéria) é folgada. Por isso quis gravar a sacanagem que ela faz.”

Rocha também acusou a funcionária pública de roubar seu celular. “Ela percebeu que eu estava gravando e tomou o celular da minha mão, mandou prender o carro e aplicou a multa”, detalhou.

O caso foi registrado no 3º DP de Diadema (Jardim Canhema) e está em investigação.

A Prefeitura informou que nenhuma denúncia chegou sobre a atuação dos fiscais ou dos guardas-civis e que, por isso, não era possível responder às acusações do jardineiro. Se houver reclamação formal, haverá abertura de processo administrativo para apurar a atuação dos acusados.
Valéria não foi encontrada para comentar o caso.
 




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