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Hemangiomas hepáticos

Má-formação vascular que ocorre durante a formação...

Por Leo Kahn
24/01/2013 | 00:00
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Má-formação vascular que ocorre durante a formação do embrião, sendo considerados pequenos tumores benignos formados por vasos sanguíneos enovelados.

Os hemangiomas são os tumores hepáticos mais comuns, encontrados normalmente na fase adulta com predomínio em mulheres jovens devido às ecografias ginecológicas de rotina. Acometem de 0,4% a 7% de toda a população e são múltiplos em 70% dos casos. Geralmente as lesões são pequenas, mas em 10% dos casos podem ultrapassar 5 cm de diâmetro.Podem se apresentar como:

Calcificados - Calcificações em hemangiomas não são frequentes.

Císticos - São extremamente raros.

Hialinizados ou esclerosantes - são raros, geralmente hipovascularizados e discretamente hiperintensos em T2, o que torna o seu diagnóstico possível apenas através de biópsia.

Pediculados - Apesar dos poucos casos descritos na literatura existem possíveis complicações como, por exemplo, torção e isquemia.

Gigantes - Este termo é muito controverso, pois diversos autores usam como limite para denominar de ‘gigante' lesões com 4 cm, 6 cm, 10 cm e até acima de 12 cm de diâmetro.

Raramente causa anemia ou provoca baixa no número das plaquetas: os glóbulos vermelhos e as plaquetas são destruídos dentro do hemangioma. A rotura é uma raridade que pode acontecer num traumatismo do abdômen. 

SINAIS E SINTOMAS:  
São incomuns, mas podem apresentar:
- Dor abdominal;
- Empachamento após alimentação; 
- Febre; 
- Náuseas; 
- Vômitos.

Mesmo nos hemangiomas gigantes os sintomas são incomuns e os mais comuns são os causados por compressão de outras estruturas, como o estômago, gerando saciedade precoce.
O diagnóstico é realizado por exames de imagens como:
- Ultrassonografia, o aspecto típico é de uma lesão arredondada, hiperecogênica (mais branca), com bordas bem definidas e fluxo sanguíneo ao Doppler. 
- Tomografia mostra a lesão captando contraste, geralmente de modo uniforme.
- Ressonância Magnética mostra uma lesão com hipersinal (mais branca) na fase T2 e hipossinal (mais escuro) na fase T1.

Outros exames diagnósticos são a cintilografia com Tc99 m e hemácias marcadas, a arteriografia e a biópsia hepática.   Geralmente não é necessário nenhum tratamento, apenas observação clínica com exames (uma ultrassonografia anual ou a cada dois anos é suficiente).

SAIBA MAIS
- As perspectivas do hemangioma são ótimas. 
- A maioria dos casos é descoberta ao acaso e a pessoa permanece assintomática por toda a vida.
- O sinal ‘do alvo', ou ‘olho de boi', é considerado por alguns autores como o sinal mais fidedígno, específico e sensível para diferenciar lesão maligna de benigna
- As principais indicações de tratamento são: sintomas, dúvida diagnóstica (em relação a tumores malignos), lesões superficiais maiores que 6 cm (pelo risco de rompimento), anemia hiperproliferativa e síndrome de Kasabach-Merrit (pelo consumo de hemácias, plaquetas e fatores de coagulação no interior do hemangioma), rotura e crescimento rápido. 
- Apenas uma minoria necessita de tratamento, que geralmente é cirúrgico e com mortalidade quase zero.
- Hemangiomas muito grandes podem ser tratados com embolização com graus variados de sucesso, mas com raras complicações.
- Em casos duvidosos procure sempre o médico, no caso o especialista é o hepatologista




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