O cônsul argentino adjunto em São Paulo, Mariano Vergara, expressou nesta quinta-feira sua esperança de que seja aceito o pedido de libertação do zagueiro do Quilmes, Leandro Desábato, detido por racismo.

"Não houve muito o que fazer do ponto de vista jurídico. Fizemos um pedido de soltura que, com o pagamento da fiança, esperamos que resulte na libertação de Desábato ainda nesta quinta-feira para que ele possa retornar com seus companheiros a Buenos Aires", disse Vergara à Rádio Red.

Desábato foi detido na noite de quarta-feira acusado de racismo. Ele teria ofendido o atacante são-paulino Grafite, chamando-o de "macaco", durante o jogo entre os dois times pela Copa Libertadores da América.

O dirigente do Quilmes, José Luis Meiszner, assegurou que seu time permanecerá em São Paulo até que Desábato seja solto. "Nós ficamos porque esta não é uma viagem de turismo, mas de uma delegação esportiva que veio disputar um jogo e deve voltar completa", assinalou Meiszner ao canal argentino Todo Noticias.

A acusação foi por "injúria qualificada com agravante por uso de termos racistas", e, de acordo com o artigo 140, do Código Penal brasileiro, a pena para este delito varia entre um e três anos de prisão, com direito a fiança.