Política Titulo Três meses
Consórcio contabiliza avanços da Casa em Brasília

Inaugurada em julho, sede da entidade na Capital permitiu acordo com União Europeia

Por Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
19/10/2017 | 07:00
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Divulgação


Perto de completar três meses de existência, a Casa do Grande ABC em Brasília já contabiliza avanços como a seleção para o IUC (Programa Internacional de Cooperação Urbana), da União Europeia, e reunião com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD).

Na visão do presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), a unidade na Capital Federal tem agilizado demandas das cidades da região.

“Sem a sede em Brasília não teríamos o acordo com a União Europeia nem debatido com o ministro Kassab a questão do fim dos sistemas de radiocomunicação, que poderia causar apagões no funcionamento das GCMs (Guardas Civis Municipais) e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)”, exemplificou o tucano.

Em setembro, a assembleia de prefeitos foi realizada na sede de Brasília e, na ocasião, a entidade pleiteou empréstimo de R$ 20 milhões para modernizar o sistema de rádios analógicos utilizados pelas forças de Segurança e Saúde.

Nesta semana, a IUC anunciou que a entidade foi selecionada para o programa, que visa permitir acordos de intercâmbio com países europeus e, ao fim do processo, poderá dar condições ao Consórcio de pleitear recursos com organismos internacionais para implementação de projetos voltados à sustentabilidade e à Mobilidade.

Morando destacou também que as prefeituras do Grande ABC têm conseguido acesso mais fácil aos editais e programas de investimento do governo federal. “Temos muito mais agilidade nos processos e conseguimos ficar dentro dos prazos estabelecidos pelos ministérios”, completou o prefeito, que também destacou a rapidez com que São Bernardo obteve acordo de empréstimo externo, de até US$ 125 milhões, com a CAF (Corporação Andina de Fomento) para financiar obras paradas de infraestrutura urbana.

Para o secretário executivo do Consórcio, Fabio Palacio (PR), outro avanço da sede em Brasília foi a inscrição de projetos do Grande ABC no programa Avançar Cidades. “São Caetano conseguiu inscrever iniciativas de mobilidade em um prazo curto e aproveitando estudos já realizados pelo Consórcio conseguiu formatar essa demanda”, definiu. O valor total dos projetos do município pode chegar a R$ 60 milhões e deve contemplar a remodelação da Avenida Goiás (com revitalização das calçadas, construção de canteiro central e ciclovia) e reforço nas galerias pluviais do município.

A estrutura da Casa do Grande ABC custa R$ 10 mil por mês, entre aluguel, contas de luz, água, telefone, internet e condomínio. O escritório conta com sala do diretor, um espaço para uso dos prefeitos e outro para reuniões de técnicos da entidade, banheiro e copa.

Tucano encaminha reeleição no colegiado

Raphael Rocha

O presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), apalavrou com os demais chefes de Executivo da região sua reeleição para o colegiado regional.

Nas últimas semanas, Morando intensificou conversas com os prefeitos de Santo André, Paulo Serra (PSDB), e de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), a fim de garantir a maioria dos votos mesmo três meses antes da realização da eleição interna.

No fim do primeiro semestre, cogitou-se a defesa da rotatividade à frente da entidade regional. O nome do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), ganhou força nos bastidores. O chefe do Executivo de Diadema, Lauro Michels (PV), que deixou o Consórcio, admitiu até poder retornar ao grupo para tentar desbancar Morando na instituição – aliados até 2016, Morando e Lauro hoje são desafetos políticos.

Morando já havia conversado com os prefeitos de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), e de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), comentando a importância de sua continuidade em 2018 à frente do Consórcio Intermunicipal. Aliados de longa data de Morando, Kiko e Maranhão consentiram com o pedido do tucano.

O Consórcio permite uma reeleição ao seu presidente. Portanto, caso se confirme a especulação, Morando ficaria como mandatário da entidade até o fim de 2018, depois teria de deixar o posto para outro prefeito consorciado. 




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