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Grupos diferentes roubaram museus do Rio, diz delegada
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11/07/2006 | 08:10
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Foram várias as quadrilhas especializadas em roubo de obras de arte que cometeram os furtos no Arquivo Geral da Cidade, na Biblioteca Nacional e no Museu da Chácara do Céu, no Rio, segundo a delegada da Polícia Federal Isabelle Vasconcellos. Para ela os quadros, gravuras e fotos roubados já têm destino certo, provavelmente no mercado internacional, onde adquirem um valor muito mais alto do que alcançariam internamente.

Isabelle não descartou a possibilidade de envolvimento do fraudador francês Michel Cohen no roubo de quadros de Pablo Picasso, Salvador Dalí, Claude Monet e Henrique Matisse no Museu da Chácara do Céu, em Santa Teresa, região central do Rio, em plena sexta-feira de Carnaval.

“Achamos uma coincidência muito grande serem os mesmos pintores dos quadros usados em um golpe que ele deu no mercado americano, mas ele não tem histórico de roubo”, disse a delegada

No caso da Chácara do Céu, onde agentes da Polícia Federal realizaram ontem uma vistoria no sistema de segurança, Isabelle disse acreditar na existência de um mandante: “Ali acho que foi terceirizado, mas eles sabiam o que deviam levar”.

Internet – Isabelle chamou a atenção para a necessidade de uma legislação mais específica que padronize o comércio de obra de arte. “Obras de origem ilícitas estão sendo comercializadas pela internet”, afirmou, acrescentando que existe uma demanda do mercado por fotos do Rio Antigo, como as que foram roubadas do Arquivo da Cidade, no mês passado, e da Biblioteca Nacional, em 2005.

Além do Museu da Chácara do Céu, a Polícia Federal também esteve no Museu do Açude. Os dois juntos formam os museus Castro Maya. A vistoria faz parte de um convênio entre a Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

“Nós tínhamos um esquema de segurança adequado, mas, depois do roubo, mudamos de patamar e temos que pensar em um sistema mais sofisticado”, disse a diretora dos Museus Castro Maya, Vera de Alencar. “Virou moda assaltar museus, descobriu-se esse filão e hoje temos quadrilhas altamente especializadas”, afirmou.

Ainda esta semana a Polícia Federal irá fazer a vistoria nos museus Villa-Lobos, Histórico-Nacional e Nacional de Belas Artes. O Museu Imperial, em Petrópolis e o Museu da República foram vistoriados na semana passada.




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