Política Titulo Diadema
Após falar que não será candidato, Filippi sugere aposentadoria política

Ex-prefeito cita querer preservar suas gestões e que só a Lava Jato o faria mudar de ideia

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
14/04/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Após cravar que ficará de fora da disputa pela Prefeitura de Diadema em outubro, o ex-prefeito e ex-deputado federal José de Filippi Júnior (PT) cogitou aposentadoria das urnas. O petista diz querer preservar suas três gestões na cidade (1993 a 1996, 2001 a 2004 e 2005 a 2008) e que só a Operação Lava Jato poderia fazer mudar de ideia.

“Hoje eu estou vivendo a melhor situação que um político pode viver. Ando pela cidade e, onde eu vou, seja no comércio ou na rua, sempre existe manifestação de carinho e apreço. Sempre perguntam: ‘Você vai voltar? Queremos que você volte’. Eu quero esse valor, que é uma coisa intangível e que para mim representa, não sei se um fim de carreira, mas uma conquista que eu não quero abrir mão”, declarou Filippi.

Desde o ano passado, Filippi era a principal aposta do PT diademense para que o partido retornasse ao comando do Paço. O petista criou expectativa dos militantes quando deixou a Secretaria da Saúde da Capital. Mas seu nome ficou em xeque com os desdobramentos da Lava Jato. O petista foi tesoureiro das campanhas de Lula (2006) e da presidente Dilma Rousseff (2010), e ficou na mira das investigações sobre supostas irregularidades nas doações de empreiteiras ao PT.

No dia 4 de março, assim como Lula, Filippi foi levado coercitivamente para depor na PF (Polícia Federal), que chegou em sua casa nas primeiras horas do dia. Prestou esclarecimentos e foi liberado horas depois. “As pessoas têm uma interpretação, inclusive muito conservadoras e quase que fascistas, de acharem que essa operação me amedrontou. Não. Pelo contrário. Tenho plena consciência que vou provar para Justiça que não devo e quem não deve não teme. Não tive nada a ver com (o escândalo da) Petrobras. Se houver alguma perseguição ou ação da Justiça com caráter político, aí eu posso rever essa condição de ser candidato (a prefeito). Caso eu sofra alguma arbitrariedade, que não poderia aceitar. Mas eu acho que isso não vai acontecer.”

Além de prefeito, Filippi foi deputado estadual (1999-2000) e deputado federal (2011-2013).




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