O PSB de Diadema fez convite oficial à vice-prefeita Silvana Guarnieri (PTB) e ao presidente do Água Santa, Paulo Sirqueira, e pretende ter os dois na chapa de candidatos a vereador do ano que vem. A articulação envolve engrossar a lista de postulantes à Câmara depois do racha entre a bancada de vereadores do partido na cidade – formada por Célio Boi e Vaguinho do Conselho – com o presidente do PSB local, Manoel José da Silva, o Adelson.

Silvana, após brigar com o prefeito Lauro Michels e ver o PTB anunciar oposição à administração do verde, retomou diálogo com o chefe do Executivo. O movimento dela é de saída do PTB. O destino mais próximo é o Solidariedade, mas o PSB tenta convecê-la de troca de ideia e escolher a sigla socialista como casa para lançar sua candidatura a vereador em 2016.
Paulo Sirqueira ganhou visibilidade com os três acessos seguidos do Água Santa no futebol paulista – em 2016, a equipe jogará a Série A-1 do campeonato estadual. Porém, está reticente quanto a um projeto eleitoral. Empresário do ramo de transportes, Sirqueira nutre desejo de ficar nos bastidores da política, em coordenações de campanha.

Outros nomes estão engatilhados no PSB: o secretário de Esportes, Antônio Marcos Ferreira, o Marquinhos da Liga (ainda no SD), a ex-vereadora Marion Magali de Oliveira (ex-PPL), o secretário de Educação e vereador licenciado, Marcos Michels (PV), e o ex-secretário de Comunicação Cacá Vianna (PSD).

Toda movimentação é contrapeso à possibilidade de saída de Célio Boi e Vaguinho do Conselho do PSB. Célio Boi protocolou junto à executiva estadual pedido de nova composição partidária em Diadema, solicitando a saída de Adelson e anunciando pré-candidatura ao Paço de Vaguinho. A estadual ainda não acatou – analisa pedido no dia 10 –, mas já sinalizou que vai manter Adelson no comando e abrir caminho ao apoio declarado à reeleição de Lauro Michels.

“O PSB é partido que tem história. Quem desrespeita o PSB não merece meu respeito. O Boi está cantando de galo e expôs o partido. Reitero que foi analfabetismo político por parte dele”, justificou Adelson.

Sobre os convites formalizados, Adelson afirmou querer “montar uma Seleção Brasileira” na eleição do ano que vem. “Mas não aquela que tomou 7 a 1 da Alemanha (em 2014). Minha Seleção é aquela do Pelé, que ganhou a Copa de 1970”, comparou.