Até o técnico Oswaldo Oliveira reconheceu os méritos do Santos e elegantemente cumprimentou os adversários pela conquista deste fim de semana. O que se previa desde o domingo anterior acabou se confirmando. A vitória palmeirense por 1 a 0 foi magra e o alçapão da Vila Belmiro acabou decidindo pelo Peixe.

Mas também quem decidiu mesmo foi Robinho, que não havia jogado no Allianz Parque. Ele teve participação nos dois gols do Santos e deixou zonza a defesa palmeirense.

Mesmo levando-se em conta o ridículo regulamento do Paulistão, não se pode contestar o título e seu vencedor. Afinal, durante a fase de classificação, o Santos fez a segunda melhor campanha e venceu com méritos nas fases posteriores XV de Piracicaba, São Paulo e Palmeiras.

Diferente

Marcelo Fernandes, até agora pouquíssimo conhecido no futebol, assumiu o comando do Santos interinamente quando Enderson Moreira foi demitido. Como o time foi vencendo os jogos e com as finanças do clube influenciando na impossibilidade de contratação de um técnico de salário milionário, o desconhecido foi mostrando trabalho e, com humildade, chegou ao topo do maior campeonato regional do País.

O gesto inédito de Marcelo, na entrevista coletiva depois do jogo, quando agradeceu desde a camareira, cozinheira e jardineiro, comprova seu bom caráter.

Um campeão, além da competência, deve ter humildade, mas Marcelo passou dos limites da humildade. E agradou. Parabéns.

Outros campeões

Sem surpresas, depois de muito tempo, o Vasco da Gama é o legítimo campeão carioca. O Botafogo, nos dois jogos finais, não foi páreo.

Patética foi a entrevista coletiva de Felipão, depois da conquista do Internacional e outra seguida derrota do treinador, que levou para o fundo do poço o prestígio do futebol brasileiro.

Atlético, Bahia e Operário venceram o Mineiro, Baiano e Paranaense. Oportunamente, com mais espaço, vamos falar mais sobre isso.