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Mauricio pede saídas de Cleuza, Odete e Albino para continuar

Presidente da Fundação Criança de S.Bernardo confirma nova conversa com Luiz Marinho, impõe condições, mas vê dificuldades em acordo

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
01/05/2015 | 07:00
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Montagem/DGABC


O ex-prefeito de São Bernardo Mauricio Soares (sem partido) revelou ontem que, em nova conversa com o atual chefe do Executivo da cidade, Luiz Marinho (PT), impôs cinco condições que o fariam rever posição de não mais apoiar partido na sucessão municipal de 2016. As principais envolvem a demissão de três secretários do governo petista: Cleuza Repulho (Educação), Odete Gialdi (Saúde) e José Albino (Governo). “Dificilmente o Marinho aceitará essas minhas condições”, reconheceu o político.

Na semana passada, Mauricio anunciou desfiliação do PT em meio a críticas de escândalos de corrupção e informou que concorrerá ao comando do Paço. O ex-petista, porém, seguiu com cargo no governo Marinho: preside a Fundação Criança.

“São pessoas que muito comprometeram o governo com atitudes que só desagregam. Pedi ao prefeito que seu primeiro escalão deixe de ser arrogante, assim como o PT, que não foi criado com esse propósito”, contou, ao avaliar as posturas de Cleuza, Odete e Albino.

Depois de crítica pública de Mauricio sobre distanciamento político, Marinho se reuniu com o ex-prefeito pela segunda vez nesta semana. O primeiro encontro aconteceu na terça-feira, quando o petista pediu para que o aliado reconsiderasse o posicionamento: o único acerto foi a continuidade à frente da Fundação Criança.

Ontem, garantiu Mauricio, ele apresentou carta de demissão do cargo. Contudo, novamente falou que ficará no comando da autarquia municipal. “(A saída do Paço) Está condicionada à desfiliação do PT. No entanto, o prefeito falou que nós temos de dialogar mais, o que concordei. Então vou esperar, por enquanto”, citou, sem dar prazo.

Cleuza coleciona problemas desde o início da gestão Marinho, em 2009, e até teve pedido de prisão preventiva solicitada pelo Ministério Público, acusada de integrar quadrilha que superfaturou compra de tênis e mochilas escolares. Albino sucedeu Mauricio à frente da Pasta de Governo após atrito do ex-prefeito com vereadores da base. Já Odete assumiu a Secretaria de Saúde em janeiro de 2014, quando Arthur Chioro (PT) foi convidado a ser ministro da Saúde de Dilma Rousseff – representantes do Paço reclamam da conduta política de Odete.

CORRUPÇÃO
Quando anunciou sua saída do PT pelas redes sociais, Mauricio criticou a corrupção no petismo, sem especificar a quem era o ataque. “Eu me referi aos escândalos sobre Operação Lava Jato e fatos que apareceram envolvendo o partido nos noticiários. Não do governo Marinho. Não vi qualquer irregularidade, acho que não tem”, considerou.




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