O consumidor poderá ter acesso já no próximo a uma arma contra os combustíveis adulterados. O Grupo Mueller acaba de apresentar às montadoras um sistema capaz de detectar e especificar quais substâncias estão presentes no combustível, na hora do abastecimento.
“O dispositivo é instalado na boca do tanque e depois de um ou dois segundos é emitido um sinal sonoro e outro de luz, no painel, indicando que o combustível é adulterado”, explica o presidente da Mueller, Ricardo Max Jacob. O produto foi uma dos principais lançamentos apresentados no Congresso SAE (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade) 2008.
Jacob explica que a Mueller não venderá o produto no mercado de reposição, mas já disponibilizou o produto às montadoras. “A Mueller não vende nenhum produto ao consumidor direto. Queremos que a montadora coloque o sistema na linha de produção. Se a fabricante optar pela revenda, ela que fará a distribuição nas lojas”, explica o executivo.
A inovação será apresentada em duas versões: uma mais simples, somente com os sinalizadores de luz e sonoro, e outra que interage com o computador de bordo do carro, especificando a porcentagem de cada tipo de substância presente no líquido.
De acordo com o presidente da empresa, já existem montadoras interessadas nas duas versões do produto. “Se a indústria quiser, poderemos começar a comercialização no ano que vem.”
Criação - O detector de combustível adulterado foi desenvolvido com base na nanotecnologia, em uma pesquisa conjunta entre a Mueller e a Universidade do Paraná.
A idéia inicial da empresa era desenvolver um produto que funcionasse como uma estratégia de marketing. “Queríamos fornecer à indústria algo que servisse como chamariz para a venda de veículo. No decorrer do tempo é que vimos o real apelo”, comenta Jacob.
Além da prestação de serviço, o sistema também funciona a favor do meio-ambiente, já que detergentes e solventes encontrados nos combustíveis adulterados são grandes poluidores.
Postos – Para o presidente da Mueller, o lançamento causará forte impacto nos postos que agem de forma ilícita. Segundo ele, além de acrescentarem álcool à gasolina, muitos postos colocam grande quantidade de água nos carros abastecidos com álcool.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.