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Azulão tenta recuperar em Curitiba pontos perdidos em casa

Com a calculadora e a torcida contra os adversários, o São Caetano enfrenta o Paraná, nesta terça-feira

Por Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
04/11/2008 | 07:03
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Com a calculadora nas mãos e a torcida contra os adversários, o São Caetano enfrenta o Paraná nesta terça-feira, às 20h30, no Durival Britto, em Curitiba, com a obrigação de vencer para compensar o empate em casa diante do Ceará (2 a 2) na última rodada e manter as chances matemáticas de voltar à elite do futebol brasileiro. O time é o nono colocado na Série B, com 47 pontos, e está a oito do Santo André (quarto colocado).

O técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, admitiu certo abatimento no grupo após o duelo com os cearenses, mas diz não ter um remédio para reativar o ânimo dos jogadores. "Só tenho a matemática. Tínhamos seis jogos e precisávamos vencer todos ou, no máximo, empatar um e vencer os outros. Agora temos de vencer os cinco e torcer por outros resultados."

Ao contrário do que costuma fazer às vésperas das partidas, Vadão não mostrou aos atletas vídeos com jogos do adversário. "Ainda não falei com os atletas após o confronto com o Ceará. Só vou conversar quando chegarmos em Curitiba. Vou fugir da rotina, deixá-los na expectativa. Lá é que resolverei o que fazer", disse, sem revelar o que tem em mente.

Vadão descartou fazer mudanças radicais no time. No gol, promove a volta de Júlio César. Luiz sofreu uma pancada no joelho esquerdo na última partida e não tem condições de jogo.

Júlio César perdeu a posição no confronto com o Marília (estava suspenso). Luiz foi bem naquele duelo e, além de defender um pênalti quando o placar marcava zero a zero, evitou o gol em outras duas ocasiões. "Na época, o Vadão conversou comigo, explicou as razões da mudança e aceitei tranqüilamente. Não desanimei e disse que ia esperar nova chance. Ela surgiu e espero ajudar o time nesse momento difícil."

A outra mudança na equipe será na zaga, com a volta de Tobi, que estava suspenso. Lino retorna à reserva e, na lateral-direita, Júlio Farias substitui Apodi, com dores nos púbis.

No primeiro turno, o São Caetano venceu em casa por 3 a 1. Mas, desta vez, será diferente, prevê Vadão. É que os paranaenses ocupam a 13ª colocação (40 pontos) e tentam se afastar da zona do rebaixamento. "Eles começaram com um time e agora têm outro. Com a chegada do Paulo Comelli (técnico), contrataram nove jogadores e o time evoluiu", disse.

O jogo está sendo encarado como chave pelos paranaenses, pois uma vitória mantém o time longe da degola. O cálculo é que, com 45 pontos, a equipe escape do rebaixamento. Após a derrota para o Corinthians (2 a 1) no Pacaembu, no sábado, os jogadores não foram dispensados. Seguiram direto para a concentração. Expulso, Ricardinho não joga. Éder deve ficar com a vaga.

‘Não sei por que não engrena', diz Vadão

"Não sei por que o time não consegue engrenar." Com essa frase, o técnico Vadão resumiu o sentimento de frustração ao ser perguntado se, com o empate diante do Ceará, no último sábado, no Anacleto Campanella, o São Caetano ainda tem esperança de continuar na briga pelo acesso.

"Sinceramente não sei. O que passa pela cabeça das pessoas é que fica difícil acreditar que o time vai ganhar cinco jogos seguidos se não consegue ganhar nem em casa. Mas o futebol é assim. Quem diria que o São Paulo seria hoje o líder da Série A (62 pontos) se há poucas rodadas estava uns dez pontos atrás do Grêmio. Agora é fazer a nossa parte e torcer."

Segundo Vadão, além do compromisso com o Paraná, os confrontos seguintes, com Fortaleza e América-RN serão verdadeiras guerras, porque essas equipes precisam somar pontos para fugir do rebaixamento. O Fortaleza é o 18º, com 36, e o América-RN o 15º, com 38 pontos.

O treinador admitiu que o São Caetano é um time que faz poucas faltas e que, às vezes, paga caro por isso. Garantiu, porém, que não vai pedir para que os jogadores mudem suas características e passem a bater nos adversários.

"Nunca em minha carreira pedi isso, e não será agora que vou fazê-lo. O São Caetano é um time técnico, é a característica dele. Os nossos meias não são de fazer muitas faltas. Mas a chamada falta técnica é necessária. No jogo contra o Ceará, por exemplo, se no momento em que o Luan perdeu a bola no meio tivéssemos feito a falta, poderíamos ter ganho o jogo. Era só se posicionar bem na defesa. Não fizemos a falta, o jogador cruzou na área e levamos o gol de cabeça no fim do jogo (43 do segundo tempo)."

Considerando-se o jogo com o Ceará, o São Caetano perdeu 14 pontos disputados como mandante, pois também empatou com Avaí, Criciúma, Santo André e Corinthians e perdeu para Barueri, ABC e CRB. "Esses pontos estão fazendo falta para a gente", admitiu o lateral-direito Júlio César.




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