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Último dia no MAM para ‘Vieira da Silva no Brasil’
Por Alessandro Soares
Do Diário do Grande ABC
04/06/2007 | 07:03
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O MAM (Museu de Arte Moderna) abre excepcionalmente hoje, das 10h às 18h, a última chance para conferir a exposição de pinturas da artista portuguesa Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992). Um dos destaques é o painel de azulejos onde figuração e abstração se alternam , e que foi entregue anteontem restaurado por Antônio Luís Sarasá, do Estúdio Sarasá, de São Bernardo. Feito para a UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), é o único em azulejos da artista.

Nome importante da arte no século XX – naturalizou-se francesa em 1956 –, Maria Helena e o marido húngaro de origem judaica Arpad Szenes se auto-exilaram no Brasil de 1940 a 1947, fugindo dos nazistas em Paris.

Mantiveram no Rio relações com artistas em plena efervescência modernista. Seu comportamento progressista influenciou nomes como os poetas Murilo Mendes e Cecília Meirelles, grande amiga do casal, o compositor e violinista Luis Cosme e o pintor Athos Bulcão.

Na Grande Sala do MAM, o curador Nelson Aguilar reuniu 116 obras, de coleções brasileiras e portuguesas.

Sua pintura radicalizou o uso de ângulos e formas geométricas de forma a criar efeitos poderosos, em um uso expressivo e único do abstracionismo. No Brasil, fez concessões ao figurativo, transformado pelas características de sua pintura, em obras como Morte do Rei de Paus, O Metrô e Londres, com a qual ganhou em 1961 o Grande Prêmio da VI Bienal Internacional de Artes de São Paulo.




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