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Reintegração de posse em Mauá
Por Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
13/04/2011 | 07:08
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Cerca de 120 famílias do Jardim Ipê e da Vila Magini, núcleos habitacionais localizados a dez minutos do Centro de Mauá, terão de deixar o local até o início de maio. A Justiça determinou, na sexta-feira, a reintegração de posse do terreno, de propriedade particular, que pertence à Associação Canaã.

Segundo a líder comunitária Maria Solange da Silva Gomes, 45 anos, um oficial de Justiça conseguiu que fossem concedidos mais 30 dias aos moradores para que possam se organizar e informar a Prefeitura de Mauá sobre a ação de reintegração.

A reunião está marcada para hoje, às 10h, e contará com a presença de representantes da administração, dos moradores dos dois núcleos, do Conselho Tutelar e dos proprietários do terreno.

"Esse processo vem correndo há anos, desde 2006 e agora querem tirar a gente sem qualquer garantia. Para onde vamos?", questionou Maria Solange.

No Jardim Ipê, pouca gente sabe detalhes sobre a reintegração. "Disseram que vai ter, mas não sei quando vamos ter que sair daqui, não. Ninguém fala nada", afirmou a dona de casa Elangela Silva, 22, que vive no local há nove anos com o marido e os três filhos.

Já a dona de casa Maria do Socorro Silva, 24, disse estar tranquila. "Sempre falam que vão remover a gente e nunca acontece. Vou ficar aqui até ter uma unidade habitacional", garantiu.

ABISMO
Enquanto isso, as famílias continuam vivendo à beira do abismo. A área é considerada de risco. As chuvas da temporada de verão provocaram ocorrências de deslizamentos de terra na área, sem o registro de vítimas.

Segundo os vizinhos, moradores deixaram o local por livre e espontânea vontade, e alguns foram encaminhados para o bolsa aluguel municipal. No terreno há muito entulho de casas demolidas.

A Prefeitura de Mauá foi procurada pelo Diário, mas não informou se pretende auxiliar as famílias no processo de reintegração.




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