Política Titulo Preso há nove meses
PT faz ato ecumênico e ceia de Natal em vigília pró-Lula, em Curitiba

Com caravana de São Bernardo, militantes organizaram atividade do lado de fora da PF

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
25/12/2018 | 07:11
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Reprodução Diário do Grande ABC


Militantes do PT realizaram ontem ato inter-religioso, seguido por ceia de Natal, em frente à sede da PF (Polícia Federal) de Curitiba, no Paraná, local onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preso há nove meses – ele não poderá receber visitas no feriado. A atividade foi organizada do lado de fora da carceragem por integrantes da vigília, permanente no entorno do prédio, e contou com caravanas do Grande ABC, principalmente de São Bernardo, além de ônibus das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis, em Santa Catarina.

A expectativa do grupo é que passem pelo espaço, entre ontem e hoje, cerca de 500 pessoas. Na lista de presenças estava o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT), que foi candidato do partido ao governo de São Paulo em outubro; Tarcisio Secoli, ex-secretário e postulante ao cargo de prefeito de São Bernardo no pleito de 2016; e Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT (Central Única dos Trabalhadores) nacional e ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Todos eles tiraram fotos no acampamento montado no local, e postaram em suas redes sociais.

“Passarei o Natal em Curitiba, na vigília, em frente ao prédio da PF onde Lula está preso, apesar de inocente. Levo comigo a certeza de representar milhões de brasileiros”, disse Nobre. Dirigente estadual do petismo, Marinho incentivou simpatizantes, em diversos eventos, a comparecer ao espaço. Na última visita ao líder petista, feita no começo do mês, o ex-prefeito, ao lado de Wagner Santana, o Wagnão, atual comandante do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, confirmou presença.

“(É triste) Testemunhar a situação do presidente Lula, o tamanho da injustiça, da sacanagem, enquanto observamos tanta gente com provas cabais, de conta na Suíça, dinheiro no apartamento, dinheiro na mala, mala para cá, mala para lá, não há uma única comprovação contra o presidente Lula. Portanto, há perseguição, injustiça tremenda. Há muito tempo no Brasil a gente não assiste a injustiça como essa. Fica mais uma vez registro da indignação contra a prisão do ex-presidente. Lula só foi preso para tirá-lo do processo eleitoral”, afirmou Marinho.

Lula está detido desde 7 de abril, no âmbito da Operação Lava Jato, condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, no Litoral de São Paulo. Apesar dos movimentos de advogados do ex-presidente pela sua soltura, inclusive com habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal), ele corre risco de sofrer outra condenação no ano que vem, no processo que investiga favorecimento de empreiteiras para obras no sítio de Atibaia, no Interior.

Lideranças petistas chegaram a comemorar, na semana passada, decisão monocrática do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo, de revogar prisões em segunda instância, situação que abrangeria o caso envolvendo Lula. Algumas horas depois e diante de pressão, contudo, o presidente da Corte, Dias Toffoli, derrubou a liminar.  




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