Cultura & Lazer Titulo
SP tem noite de tango e bolero
Por Alessandro Soares
Da Redaçao
16/09/2000 | 15:01
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Dançar é uma manifestaçao cultural milenar do ser humano. O que muda sao os ritmos e as motivaçoes. Se nao é a opçao de lazer preferida pela maioria da populaçao, a dança de salao dá gosto para quem a pratica. No Grande ABC os poucos espaços dedicados a essa atividade sao procurados por pessoas que buscam descontraçao, esquecer dos problemas cotidianos e convívio social.

Maria Cristina Alves, 47 anos, dona de casa, e Joao Daniel Castro Alves, 49, empresário, dançam juntos há quatro anos. Ele, para "trabalhar com mais vigor"; ela, para "deixar a novela de lado". "Eu fazia um básico dois pra lá, dois pra cá. Hoje danço pagode, bolero, tango, forró. Me deixa disposto para enfrentar dez horas de trabalho diárias", diz Castro Alves. "Ficar em casa só vendo novela nao dá", conta Maria Cristina. O casal faz em Santo André o curso de dança de salao no Instituto de Arte Coreográfica de Breno Vieira, que atuou no auge da moda da lambada, no início da década de 90. Além dos cursos, realiza um baile toda sexta-feira para os alunos.

O casal Carlos Augusto, 49 anos, engenheiro eletrônico, e Sandra de Lima Augusto, 46, secretária, sai junto para dançar e encontrar amigos. "Dançar é uma terapia. Depois de uma semana de estresse, saio renovada", afirma Sandra. Para Augusto, a dança é uma possibilidade de convívio social. "Sabemos todos os passos, mas nao nos exibimos, só curtimos juntos. Uma vez, no Leopolldo, em Sao Paulo, uma moça nos parabenizou", lembra Augusto.

Nem só casais procuram a dança como lazer. Maria Bernardete de Almeida, 37 anos, professora de artes em Sao Bernardo, gosta de samba e bolero. "Nos bailes de formatura dos quais participo, as pessoas comentam que danço bem. É gostoso ouvir isso", diz. Ela herdou o gosto pela dança dos pais e avós.

Silvana Maria Cortopassi, 40 anos, química, divorciada, gosta de dançar para fazer amigos. Mas reclama da hesitaçao dos homens. "Eles têm medo de levar um nao. Ficam observando no salao: se a mulher dança bem, eles nao tiram quando acham que dançam menos do que ela", explica. Silvana gosta de manter a tradiçao: os homens têm de saber conduzir. "Eles têm de tirar as damas para dançar, dançando bem ou nao. É só ser gentil", conta.

Para dançar - Clubes e associaçoes promovem bailes para associados, como o Icaraí e o Tênis Clube (Santo André), nos fins de semana, a partir de sexta. Outros locais da regiao sao o Vera Cruz Bar (Sao Bernardo), que tem ritmos latinos toda terça, o Estância Alto da Serra (Sao Bernardo) ou Country Beer (Sao Caetano), especializados em música country, Amarelinho (Ribeirao Pires) e os restaurantes Florestal, Sao Judas e Sao Francisco (Sao Bernardo), também têm espaço para dança.

Neste domingo acontece em Sao Paulo uma noite de tango e bolero, às 21h30, com o bandeonista Cesar Cantero no Café Piu Piu (r. Treze de Maio, 134. Tel.: 258-8066). As 19h30, os professores Vitor Costa e Margaret Kardoch ensinam passos para serem executados durante o baile.

O Sesi realizará show-baile na próxima quinta-feira, a partir das 14h, em Santo André (praça Armando Arruda Pereira, 100, Tel.: 4997-3177), com entrada franca, no projeto Alegria, Alegria, uma retrospectiva musical brasileira dos últimos 100 anos.




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